Natal temático  encanta visitantes

Forquetinha

Natal temático encanta visitantes

Parque Christoph Bauer é atração regional

Natal temático  encanta visitantes

Ao chegar ao Parque de Exposições Christoph Bauer o visitante tem logo na entrada um mapa indicando os 34 prédios a serem visitados. Em cada um deles, uma placa o situa numa visão geral do espaço.
As sinalizações indicam ainda os 12 cenários espalhados entre os 34 prédios. São cerca de cem Papais Noéis que ao longo do percurso, em pontos estratégicos, assumem vários papéis, contextualizando a história da colônia.

O Papai Noel de nove metros chama atenção. Ao lado do boneco, as crianças têm um espaço à parte. Na Chaminé de São Nicolau (bispo que distribuía dinheiro aos pobres), podem subir por um lado e descer por um escorregador. Uma placa ao lado conta quem foi o bispo que deu origem ao Papai Noel.

De acordo com o idealizador do projeto do parque e do Natal Temático, prefeito Waldemar Richter, escritos em português e alemão explicam cada cenário. “O que me impressiona é um momento de diálogo entre pais e filhos. Eles contam como era o Natal e como é hoje.” Para o prefeito, o cenário ultrapassa a fantasia das luzes com o fator histórico.

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Tão logo a visita à chaminé termina, surge o primeiro cenário religioso. A história do nascimento de Jesus e o drama de Maria e José estão impressos em cenários. A hospedagem negada e o estábulo. Estatuetas de José, Maria e do Menino Jesus, num cocho de mais de cem anos esculpido numa madeira de lei, são o presépio da sagrada família.

Na parte mais alta, a torre panorâmica é atração à parte. Subir até em cima é a oportunidade de ver todo o parque. Próximo dali, uma homenagem à figura folclórica dos germânicos: o thiltapes. Há uma trilha em meio à vegetação, com muita sombra e esconderijos. A figura imaginária dos imigrantes alemães ganha vida. Algumas placas orientam os visitantes em meio a labirintos naturais. É possível até pegar um saco e caçar o thiltapes.

Flores no caminho

Pelas escadarias e gramados do parque, flores e ornamentos decorativos com cores vibrantes. No caminho que leva aos prédios mais altos, há um grande pavão desenhado com floreiras. Papais Noéis com pernas de pau mostram as brincadeiras da época de colonização.

Em outros ambientes, os Papais Noéis estão ora no trabalho ora na diversão. Utensílios de trabalhos manuais como serras, cortadores ou moedores de cana recontam a história da colonização.

Os Papais Noéis também assumem papéis de músicos, na época da imigração, com os instrumentos de sopro e violoncelo. O período para ouvir música era nos bailes de kerb.  O costume era de a moça ou mulher ganhar um vestido novo para a festa. Era tradicional vestir a roupa de manhã, no culto ou na missa, e à noite, no baile.

Quando era professor de História, Richter envolvia os alunos em uma incursão sobre os antepassados. Viveu em uma pequena comunidade. Quando era Natal, todos se reuniam na escola e os alunos faziam apresentações. Aos 67 anos, o prefeito vê no parque uma forma de retomar a história.

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Na estátua do leiteiro, a trajetória de um guri que percorria toda a colônia para colher duas latas de leite. “Não era só aqui, mas este guri representa a situação de todas as localidades e como era difícil antes.”
Na parte mais alta do parque, uma casa em estilo enxaimel foi reconstruída e hoje é uma pizzaria e restaurante.

Debaixo da área ao lado do restaurante, uma minicasa em estilo enxaimel está construída pela metade, sendo que a outra parte está com as estruturas à mostra: uma maneira de mostrar as peças de encaixe estilo rabo de peixe e a forma como eram construídas desde a fundação até o teto para suportar tempestades.

Sociedades formadas

Em cada estande aberta, destinada aos oito municípios da região, uma forma de contar a história. A sociedade dos lanceiros é recontada por meio de fotografias. Uma delas, 30 anos atrás, foi reconhecida por um familiar que conseguiu identificar cada família representada.

Ao lado, um quadro explicando o que é uma sociedade de lanceiros. Eram cavaleiros com lanças que protegiam o lugar de invasões. Para entrar na sociedade, era necessário passar pelo crivo da diretoria. Outra entidade fundada em Forquetinha foi a Sociedade da Leitura. Lá há livros de 1903. Na Segunda Guerra Mundial, muita coisa se perdeu. Livros e estatutos foram queimados. Mas alguns foram salvos e explicam detalhes de como eram instruídas as famílias alemãs.

Há também a reprodução do ambiente onde as crianças eram deixadas. Eram caixas de madeira, conhecidas hoje como “chiqueirinho”. Lá, brincavam, choravam e dormiam. Era a forma que as mães encontravam para conseguir fazer comida, lavar roupa e remendar as roupas.

O passeio dura de duas horas e 30 minutos a três horas. À noite, luzes dão um espetáculo à parte. Mas esse não é o principal objetivo. O parque tem um Natal contextualizado na cultura local. A pesquisa histórica é a principal aliada nessa incursão ao passado dos imigrantes.

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