Unidade garante atendimento aos presos

Vale do Taquari

Unidade garante atendimento aos presos

Conselho autoriza instalação de posto. Local oferece mais de 30 consultas por mês

Unidade garante atendimento aos presos

O Conselho Municipal de Saúde autorizou na semana passada a instalação de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) no Presídio Estadual de Lajeado. O atendimento deverá começar a partir do primeiro trimestre de 2016.

Os profissionais devem atuar em uma sala de 30 metros quadrados adaptada para consultas e atendimentos básicos. Ao lado, serão oferecidos cuidados odontológicos. O espaço escolhido já tem parte dos equipamentos necessários.

Ele vem sendo usado para atendimentos periódicos feitos por uma médica voluntária e por um médico do município. Sem atendimento regular, serviços como curativo, limpeza de ferimentos ou aplicação de medicamentos precisam ser feitos na UPA ou em postos de saúde.

Segundo estimativa do diretor- adjunto e psicólogo do presídio, David Horn, a demanda por procedimentos do tipo exige até dois deslocamentos por dia à UPA. O acompanhamento dos casos de tuberculose, hepatite, HIV e sífilis é prestado todos os meses pelo Serviço de Atendimento Especializado (SAE).

Para o atendimento na UPA, pelo menos dois servidores da Susepe são necessários. De acordo com Horn, além da economia gerada, a disponibilidade de um acompanhamento médico mais regular deve facilitar a prevenção entre os internos. “Passaremos a ter um atendimento de saúde e não só de doenças, vamos começar a antecipar e permitir um acompanhamento mais próximo.”

Segundo Horn, outro benefício é o menor impacto social gerado. Para serem atendidos nos postos ou na UPA, os presos precisam ficar algemados e os serviços costumam ser agendados por medida de segurança. Riscos de tentativa de resgate ou de assassinato estão entre os principais durante o processo.

Direito garantido

Segundo o secretário de Saúde Glademir Schwingel, o município estava habilitado a instalar a unidade desde o ano passado.  A iniciativa barrava na diferença entre os cerca de R$ 38 mil mensais necessários para operação e a previsão de R$ 19 mil em repasses da União e Estado. Neste ano, as despesas com equipe caíram para R$ 18 mil devido a mudanças na equipe disponível no presídio.

Para Schwingel, a criação deve melhorar e facilitar a prestação do serviço para os presidiários. “A população prisional também tem direito ao acesso à saúde. É sempre um transtorno para a Susepe e um risco para a sociedade quando é preciso fazer o deslocamento.”

Ele salienta a necessidade de adequações no plano de cargos e carreiras para realocar parte da equipe da Secretaria de Saúde para a nova UBS. Para completar o quadro exigido, ainda dependem de um profissional para enfermagem e outro para auxiliar nos serviços em saúde bucal.

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