Calçadistas reclamam de férias nas creches

Teutônia

Calçadistas reclamam de férias nas creches

Período de atuação nas fábricas e férias nas escolas obrigam mães a faltar ao trabalho

Calçadistas reclamam de férias nas creches
oktober-2024

O início de ano para as mães calçadistas é sinônimo de prejuízo e preocupação. O problema está no reinício das atividades no trabalho e o período de férias nas escolas de Educação Infantil. A diferença de uma semana entre os dois obriga as funcionárias a ficarem em casa com as crianças, ou deixar com conhecidos.

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Calçadistas de Teutônia (Siticalte), vereadores, diretores de empresas e Secretaria de Educação se reuniram para reajustar os períodos. O encontro realizado no mês passado contou com 30 pessoas e não foi suficiente para definir soluções.

A lei determina 30 dias de férias para as profissionais das escolas municipais. As instituições de ensino privadas apresentam flexibilização no quadro funcional para atender a demanda. A Secretaria de Educação estuda formas de adequar o serviço e atender a demanda de todos os pais. Em fevereiro, está prevista nova reunião para alinhar interesses e alcançar objetivo comum.

Conforme o presidente do Siticalte, Roberto Müller, a sugestão é escalonar. Liberar professoras antes da data convencional culmina no retorno dentro do prazo previsto para atender os filhos dos calçadistas. A volta das férias nas fábricas será no dia 14 de janeiro, enquanto as escolas municipais retomarão as atividades no dia 21. “Não queremos reduzir as férias das profissionais, mas flexibilizar”, diz.

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Alesgut terá creche em 2016

A escola de Educação Infantil do bairro Alesgut passa por municipalização e atenderá a partir de 4 de janeiro. O nome do educandário mudou de Pingo de Gente para Caminhos do Saber. Os 50 alunos matriculados permanecerão na instituição.

Para o quadro funcional, foram nomeadas professoras e monitoras. Cozinheiras e serventes foram remanejadas. Todos os profissionais passam por qualificação com fonoaudióloga no Centro Administrativo. O prédio pertence ao município, mas o atendimento era privado.

O complexo foi interditada devido a problemas no sistema elétrico e hidráulico. A escola era mantida pela Associação de Moradores do bairro e cobrava acima de R$ 250. Com a administração municipal, a escola não terá custos para os pais.

Sindicato barra demissões 

Alegando crise financeira, a empresa A Grings S/A Piccadilly, com sede em Canabarro, demitiu 250 funcionários em setembro. A medida adotada para reduzir custos assustou trabalhadores. Durante esse período, o Siticalte interferiu nas demissões por meio de reuniões com os diretores da empresa.

Conforme Roberto Müller, o pedido foi de sensibilização. “Muitas pessoas fizeram financiamento e dependem do emprego”, diz. Após negociação, foram definidas redução de jornada de trabalho em outubro. A medida durou um mês.

Para barrar as demissões, o Siticalte e a empresa firmaram acordo de manter o quadro funcional até fevereiro. O período serve para estabilização econômica da empresa e garantia de emprego aos calçadistas.

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