Coordenadoria alerta para falta de vacinas

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Coordenadoria alerta para falta de vacinas

Doses antirrábicas e soros para picada de animais peçonhentos não foram enviados

Comunicado do Ministério da Saúde (MS) sobre a falta de algumas vacinas faz os governos municipais ampliarem as orientações para a população. A 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) não recebeu os soros para picada de animais peçonhentos nem as doses antirrábicas.

O avanço da urbanização, aliado às condições meteorológicas vistas nos últimos meses, resulta em um consequente aumento nos casos de acidentes com animais peçonhentos.

No ano passado, o Centro de Informações Toxicológicas (CIT) do Estado registrou cerca de 5,5 mil casos. Neste ano, até o fim de novembro, já passou de 6,7 mil. Pesquisadora do centro, Kátia Moura, acredita que os períodos de cheias e de estiagem tiram os animais de seu habitat, fazendo com que se aproximem de áreas residenciais.

Ela alerta para o aumento na incidência durante o verão, em especial para picadas de aranhas e escorpiões. Em caso de acidentes, a vítima deve lavar o local da picada. Uso de torniquetes não é recomendado. É importante informar características sobre o animal para auxiliar no atendimento. O CIT pode ser contatado pelo 0800.721.3000.

Falta vacina para hepatite

Além dos soros e das doses antirrábicas, faltam vacinas da tetraviral, varicela monovalente, contra hepatites (tipo A e B), entre outras. Conforme a nota do MS, os fatores responsáveis para a falta de vacinas são a necessidade de análise dos lotes pelo órgão e a indisponibilidade do laboratório em atender a demanda. De acordo com a 16ª CRE, a remessa é mensal e o número de doses enviada varia de acordo com a população a ser imunizada.

Com relação aos soros antivenenos, a quantidade enviada por região é definida a partir dos acidentes do ano anterior. Segundo a 16ª CRE, como há deficiência no registro das ocorrências, foram enviadas doses a menos do que o necessário. Com isso, apenas os hospitais de Estrela e Lajeado têm estoque desses soros.

Dicas para evitar acidentes com animais peçonhentos:

• Utilizar botas de cano alto ou perneiras de couro pode evitar até 80% dos acidentes, pois a maioria dos ataques de serpentes ocorre do joelho para baixo;

• Bater os colchões antes de deitar e sacudir cuidadosamente roupas, sapatos, toalhas e lençóis, examinando-os antes do uso. Manter berços e camas afastados da parede e evitar roupas de cama que toquem o chão;
• Evitar o amontoamento de sapatos, roupas e utensílios domésticos. Não acumular entulho, lixo doméstico, restos de alimento, folhagens altas e fechadas, ferro velho, telhas e tijolos;

• Nas colheitas de arroz, café, milho, feijão, frutas e nas hortas, é preciso verificar onde colocar as mãos;

• Proteger os predadores naturais das serpentes, como emas, seriemas, gaviões, gambás e a conhecida cobra muçurana, pois participam do controle do crescimento das populações de ofídios;

• Se encontrar animais peçonhentos dentro de casa, afaste-se lentamente deles e contate com o centro de controle de zoonoses da secretaria de Saúde ou com o Corpo de Bombeiros.

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