Foram definidos nesta semana os nomes dos diretores das escolas da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Nos 56 educandários onde havia apenas uma chapa, o processo eleitoral ocorreu na semana passada.
Nas 26 instituições onde não houve inscrição de interessados em assumir os cargos, uma comissão eleitoral, instituída pela 3ª CRE, realizou reuniões com o objetivo de identificar possíveis candidatos a assumir a direção. Caso se confirme a falta de voluntários, a equipe diretiva será indicada pelo governo do Estado.
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De acordo com o coordenador da 3ª CRE, Nelson Paulo Backes, apenas na Escola Estadual de Ensino Fundamental Reinaldo Affonso Augustin, de Teutônia, o cargo ainda está vago. Segundo ele, como ninguém se colocou à disposição, o novo diretor só será definido após reunião com representantes da Secretaria Estadual de Educação, que deve ocorrer na próxima semana.
Conforme Backes, as mudanças na legislação, referentes à forma de apresentação de chapas para concorrência à diretoria, atrasaram o pleito, que deveria ter começado em novembro. Mas, mesmo com fatores como a falta de comparecimento de alunos já aprovados, pondera, a participação da comunidade escolar foi excelente. “Em uma escola de Arroio do Meio, por exemplo, mais de 600 pais compareceram.”
Falta de candidatos
De acordo com a coordenadora- adjunta da 3ª CRE, Greicy Weschenfelder, na maioria das escolas onde não houve a inscrição de chapas, o problema tinha menos relação com a falta de interesse do que com a burocracia. Ela relata que nesses casos os atuais gestores não poderiam concorrer ao terceiro mandato.
Para Greicy, o perfil de diretor é o que marca a motivação para se dispor a assumir um cargo dessa responsabilidade. Mas determinações legais e responsabilidades acumuladas, que transformaram diretores em gestores sociais, opina, não são supridas por compensações salariais.
Conforme ela, a 3ª CRE trabalha para superar esse quadro, orientando o corpo docente sobre a formação de uma equipe que trabalhe unida, e a delegação responsável de tarefas. Para Greicy, todos os diretores têm total liberdade para decidir técnicas de gestão, no entanto, em função de particularidades de cada escola, a interferência da coordenadoria é limitada. “O que podemos fazer é prestar esclarecimentos sobre esse procedimento”, comenta.