Demora para reforma em redes deixa moradores sem luz e telefone

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Demora para reforma em redes deixa moradores sem luz e telefone

Comunidade de Daltro Filho fica sem telefonia fixa por dez dias

Demora para reforma em redes deixa moradores sem luz e telefone

Moradores sofrem com o sistema de telefonia móvel e fixa e com quedas de energia elétrica. Ventos e chuvas interrompem o abastecimento na maior parte da cidade. O problema acontece devido à fiação antiga e à queda de postes de madeira.

A AES Sul é a responsável pelo serviço. A fragilidade da estrutura também compromete a estabilidade da rede de telefonia. Na quinta-feira passada, um caminhão rompeu os cabos de fibra óptica da empresa Oi. Os fios passam sobre a estrada geral, em uma curva no sentido a Daltro Filho. O poste cedeu e permitiu o choque com o veículo.

A comerciante Ani Harth, 44, chamou a central telefônica para solicitar o reestabelecimento do serviço. A Oi estipulou o prazo de 48 horas para manutenção da rede. Depois do período anunciado, um técnico visitou a localidade, dizendo que equipe faria os ajustes em breve.

No sábado, completa dez dias que a comunidade está sem acesso à telefonia fixa. Ani e o marido Alexandre Rotolli, 42, instalaram faz um ano o supermercado em um novo endereço. A maioria das vendas ocorre em contatos por telefone.

Os moradores do interior ligam encomendando pães, carnes e rações. O problema também atinge os dispositivos para pagamentos com cartões. O sistema integrado atende três empresas. “Deixamos de vender por falta de linha telefônica”, diz.

Para atender a demanda, adquiriram celular da única operadora de telefonia móvel da cidade: Tim. A torre que distribui o sinal está localizada no centro e não alcança as localidades distantes com qualidade. Independente do tempo, as ligações ficam falhadas, impedindo a comunicação. Durante diálogo, o serviço é interrompido. As dificuldades com a energia elétrica foram resolvidas com a compra de gerador.

Hedi Michel, 73, reclama da má qualidade no serviço de telefonia. No início do ano, ficou três meses sem o serviço. A conta de R$ 41 não falhou ao chegar na propriedade. “Se ficar doente durante a noite o telefone tem que funcionar”, diz.

R$ 500 mil de prejuízo

A empresa de produtos de limpeza Bertolini está instalada na cidade faz 49 anos. Na quinta-feira à tarde, teve de dispensar 170 funcionários devido à falta de energia elétrica.

Outro caminhão colidiu contra poste de madeira e interrompeu o abastecimento de energia. A direção da empresa manteve os trabalhadores durante algumas horas para os serviços sem as máquinas. A planta industrial ficou das 9 horas às 18h sem atividade.

A Bertolini trabalha com produtos de limpeza da marca Gota Limpa. O grupo tem 180 itens no catálogo e exporta para sete países. O prejuízo com a tarde de paralisação chega a R$ 500 mil. Conforme a diretora Camile Bertolini Di Giglio, reunião com a administração da AES Sul deve ocorrer nos próximos meses. Caso a prestadora de serviço protele os ajustes e comprometimentos com a localidade, a empresa ingressará judicialmente exigindo direitos.

Os custos para compra de gerador de energia que atenda a necessidade das máquinas é elevado. A manutenção também exige investimento. A telefonia da empresa está ligada à central da cidade e não foi afetada.

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