Iniciativa da Univates busca identificar o perfil de saúde da população idosa da região. Chamado Ações Sociais e de Saúde em Gerontologia, o projeto atende 347 idosos e completa dois anos de atividades neste mês. Além de proporcionar atividades de integração e de lazer, desenvolve baterias de avaliações físicas, cognitivas e sociais. Entre os testes realizados, estão os de qualidade de vida, postura corporal, níveis glicêmicos e composição corporal.
Os dados são utilizados na elaboração do banco de dados regional, que serve como fonte de estudo para o grupo de professores e acadêmicos do projeto. Os envolvidos buscam elaborar e aplicar oficinas de educação para o envelhecimento, fazer a discussão dos dados com coordenadores municipais de grupos de convivência de idosos, palestras e cursos.
Conforme a coordenadora do projeto, Alessandra Brod, a qualidade de vida dos participantes pode ser considerada de regular a boa. Entretanto, outros dados chamam a atenção e indicam que os gestores precisam tomar providências em relação à saúde dos idosos.
“Principalmente em relação aos altos índices de massa corporal e de percentual de gordura, os quais, relacionados aos resultados da relação cintura-quadril e da capacidade respiratória, apontam alto risco de os idosos desenvolverem doenças cardíacas. Outro fator preocupante é o alto risco de câncer de pele.”
Alessandra ressalta ainda que as atividades do projeto têm motivado os idosos a repensarem seus hábitos de vida. Todas as avaliações foram realizadas na instituição e reuniram professores e acadêmicos dos cursos de Fisioterapia, Educação Física (licenciatura e bacharelado) e Psicologia.
Saiba mais
Segundo projeções realizadas pelo IBGE, no Brasil, o grupo de pessoas com mais de 60 anos quase duplicará entre 2000 e 2020, passando de 14,5 milhões para 23 milhões. Em 2050, estima-se que esse grupo chegará aos 64 milhões de pessoas, valor que ultrapassa o do grupo etário constituído por crianças e adolescentes com até 14 anos, estimado em 46,3 milhões de pessoas.