Operação Golfinho força adaptações na BM

Polícia

Operação Golfinho força adaptações na BM

Região deve ceder até 65 militares para atuar no litoral, 35 estão confirmados

Operação Golfinho força adaptações na BM

O policiamento nas cidades da região deve ser adaptado para atender as demandas locais durante a Operação Golfinho. Ela inicia no dia 19 e deve contar com cerca de 65 militares do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO) para patrulhas no litoral e também como salva-vidas.

A estimativa feita pelo comandante do CRPO-VT, coronel Humberto Teixeira, leva em consideração o volume de efetivo fornecido em edições anteriores da operação. Pelo menos, 35 policiais militares estão confirmados para atuar nas ruas do litoral gaúcho até o fim de fevereiro.

Segundo o coronel, o número de policiais fornecidos por cada município respeitará a proporção de efetivo. A média de ocorrências durante o período da Operação Golfinho costuma se manter em comparação com o restante do ano.

De acordo com ele, um atenuante à situação é a redução das populações das cidades nos períodos de férias.
Como alternativa para o deslocamento de policiais, o comando altera estratégias de atuação da Brigada Militar (BM).

Nos batalhões, servidores de funções administrativas devem ser aproveitados para atuar em ocorrências externas, enquanto as patrulhas devem ter suas áreas ampliadas para contemplar cidades com menor efetivo. Em Estrela, o Pelotão de Operações Especiais (POE) deve ser distribuído de forma temporária para complementar o policiamento.

Segundo o comandante, apesar da necessidade de adaptação, as medidas não devem trazer prejuízos à população. “Se hoje já tenho alguma defasagem, obviamente, isso traz algum prejuízo, mas é algo normal, que ocorre todos os anos. Não tenho como manter todas as guarnições que tenho nas ruas com menos pessoas.”

Entre as ocorrências mais comuns no período, estão os furtos a residências e perturbações em vias públicas. Como forma de amenizar problemas na área comercial, desde o início do mês está em andamento a Operação Papai Noel. Nela, o policiamento é intensificado em áreas e horários de circulação em lojas.

Alsepro questiona

Para o presidente da Associação Lajeadense Pró-Segurança Pública (Alsepro), Dani Petry, os efeitos da Operação Golfinho são questionáveis. “Vemos com muita preocupação, pois prejudica o policiamento nas cidades. Mesmo com fluxo maior nos centros, os bairros ficam desassistidos.”

Segundo Petry, uma alternativa para reduzir o deslocamento de policiais militares seria o treinamento de grupos da sociedade das cidades litorâneas para auxiliar em ações como salvamento. De acordo com ele, o conhecimento maior sobre as características das praias facilitaria o processo, além da medida servir como opção de renda.

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