A manutenção dos limitadores de altura e largura de veículos da Ponte de Ferro, entre Lajeado e Arroio do Meio, deve começar na próxima semana. Alternativas aos controladores de 2,6 metros de largura por 2,8 metros de altura eram avaliadas desde agosto pelas administrações dos dois municípios.
Foram marcados, pelo menos, três encontros para a escolha de um modelo de limitador, o último há cerca de um mês. Sem uma definição, cada lado deve repor as armações até um acordo. Arroio do Meio deve iniciar o conserto na próxima semana, enquanto Lajeado estima a execução do serviço até janeiro.
Com a indefinição, motoristas como Adriano Schwingel, 42, reclamam de insegurança ao atravessar a ponte. Ele afirma ter percebido piora na situação nos últimos cinco meses. Falta de iluminação, afirma, são agravantes. “Na época era só soldar e pintar, agora, tem que refazer tudo. É uma pena, o local é muito movimentado e um dos atrativos turísticos da região.”
As goleiras foram instaladas em 2011 e estavam deterioradas devido a acidentes. Na época, a opção de restringir o tráfego foi motivada após a ponte ter sido danificada pelo excesso de peso e ser interditada. Para reformar a estrutura de metal e madeira, foram necessários cerca de R$ 50 mil, divididos entre os dois municípios. Placas indicando a limitação de peso em 3,5 toneladas e velocidade também foram instaladas.
À espera de definições
Tanto o secretário de Planejamento de Arroio do Meio, Carlos Henrique Meneghini, quanto o diretor do Departamento de Trânsito de Lajeado, Euclides Rodrigues, concordam com a necessidade de limitar o tráfego de veículos pesados.
Para o lajeadense, é preciso encontrar uma alternativa eficiente e que respeite as características históricas da ponte. De acordo com ele, a decisão de reformar as goleiras é uma solução temporária, como forma de dar mais segurança a quem transita no local.
Ele é contrário às limitações laterais e indica como possibilidade a colocação de redutores de velocidade feitos de madeira.“Não será qualquer coisa que vai solucionar esse problema de tráfego na ponte.”
Para Meneghini, a funcionalidade das goleiras tem apresentado resultados satisfatórios, mas sinaliza a necessidade de busca por alternativas. “Ela funciona bem, mesmo sem ter a melhor estética. Estamos aguardando uma definição para aderir, como foi feito no caso das goleiras.”
