Claudia Costa recebe título de Cidadã

Homenagem

Claudia Costa recebe título de Cidadã

Diretora do Colégio Santo Antônio foi homenageada em sessão solene da câmara

Claudia Costa recebe título de Cidadã

O plenário da câmara ficou lotado nessa segunda-feira, 7, para sessão solene em homenagem à professora Claudia Argiles Costa. Moradora do município desde setembro de 1989, Claudia recebeu o título de Cidadã Estrelense pela atuação na área da educação, em proposição do vereador Gerson Adriano da Silva.

Natural de Santana do Livramento, é casada com Júlio Cesar Salecker, com quem tem dois filhos, George Octávio, 18, e Mariana, 16. Graduada em Licenciatura Plena pela Faculdade de Pelotas (Ufpel), começou a lecionar na rede pública municipal em 1990, após passar em concurso.

No mesmo ano, iniciou as atividades como supervisora educacional na Secretaria da Educação, cargo que ocupou até o ano 2000. Em 2003, assumiu como secretária da Educação, Cultura e Turismo, função que ocupou até 2004.

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No período em que esteve à frente da secretaria, Claudia trabalhou na modernização das áreas externas das escolas. Também foi responsável pela instalação dos bonecos Schuck e Ruth, do relógio Schwetner e pela conclusão da cobertura do Espaço Cultural Bertholdo Gausmann.

Em 2005, atuou na 3ª Coordenadoria Regional de Educação, na assessoria de apoio logístico. Desde 2006, responde pela direção do colégio Santo Antônio. A partir de 2009, atua na direção administrativa da Faculdade La Salle, tendo papel decisivo na abertura do câmpus local.

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Lecionar é compartilhar experiências 

A Hora – O que fez você escolher a cidade para morar e constituir família?
Claudia – Viemos em 1989, logo depois do casamento. Eu tinha 22 anos, meu marido, 24, e foi uma caminhada muito bonita. As pessoas diziam que era difícil se inserir na comunidade, considerada muito fechada na época, mas não sentimos isso. Tivemos momentos de dificuldades, em que questionávamos a possibilidade de sair. Mas eu sempre dizia que escolhi essa terra de coração e daqui não saio. Não temos como escolher onde nascemos, mas, sim, onde vamos viver. Sempre digo para os prefeitos cuidarem bem de Estrela, porque quero andar por muito tempo nessas ruas. É uma cidade organizada, bonita, que nos proporciona uma qualidade de vida diferente de outros lugares. Nós pertencemos a Estrela, não estamos aqui de passagem.

Por que decidiu ser professora?
Claudia – Acho que todos nós somos professores. Lecionar é compartilhar experiências e nós fazemos isso em todos os momentos, seja aprendendo com os outros ou ensinando o que sabemos. É uma profissão muito gratificante. Tanto é que tenho outras formações, mas me intitulo como professora. Para mim, é uma profissão nobre de destaque e que precisa ser valorizada.

Sua atuação na Secretaria de Educação, Cultura e Turismo é muito comentada na cidade e tem momentos marcantes como a construção dos bonecos Ruth e Schuck e do relógio Schwetner. Como foi esse trabalho?
Claudia – O gosto pela cultura e pelo turismo faz parte de mim. Quando aqui cheguei, a cultura alemã era muito forte. Junto com a comunidade evangélica, pensamos no festival do chucrute como um momento marcante, com grupos folclóricos que levam o nome de Estrela. Fizemos o projeto de colocar os bonecos Schuck e Ruth no trevo. Ficaram lindos como a cidade, para marcar esse festival. O relógio é em homenagem à primeira fábrica do tipo no município. O último que havia sido fabricado pelo senhor Schwetner estava em um município próximo e conseguimos adquirir e reformar. Escolhemos construir um monumento em uma rótula para expor essa obra de arte. Também duplicamos o número de prédios de escolas e creches municipais. Por meio de projetos junto ao governo federal, fizemos os primeiros projetos de cozinha central e as primeiras escolas municipais com recursos da União.

Após a secretaria, seu próximo desafio foi assumir a direção do colégio Santo Antônio. Como foi essa mudança?
Claudia – Eu tinha terminado uma etapa da minha vida e decidido trabalhar na área jurídica. Nessa época, meu filho estava no 1o ano do colégio Santo Antônio e as irmãs franciscanas anunciaram o encerramento as atividades. O pessoal se juntou para montar uma associação e era uma situação que nos assustava um pouco, por ser completamente diferente. Montamos um perfil comunitário de escola, em uma linha humanista, no qual o ser é o mais importante. No primeiro ano, o número de alunos reduziu. Então decidimos investir na transformação do prédio para não fechar. Pegamos todas as nossas reservas para melhorar o espaço e trazer novas metodologias interessantes aos alunos. Hoje, se tivesse aula noturna, os alunos ficariam de noite, pois não querem sair do colégio. Tínhamos uma situação financeira complicada e hoje temos uma escola superavitária, com número adequado de estudantes para garantir a qualidade de ensino. Mas só conseguimos porque existiram pessoas que trabalharam, e ainda se dedicam e se doam para a comunidade.

Outro momento importante foi a instalação da faculdade La Salle no município. Como foram as tratativas para isso?
Claudia – O poder público sempre demonstrou vontade de trazer o ensino superior para a cidade, pois faz com que se desenvolva cada vez mais. Foi feito o convite para a La Salle, tivemos tratativas com a associação, as irmãs franciscanas e a administração, para instalar no colégio Santo Antônio. Temos um uso compartilhado do espaço, mas com instituições distintas. Não temos problemas de relacionamento entre a escola e a faculdade, e, sim, um pensar coletivo. A faculdade foi e está sendo um marco de desenvolvimento e crescimento para a cidade e um sonho realizado.

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