O Executivo confirma a pavimentação de 1,3 quilômetro na comunidade de Picada Felipe Essig, entre o salão da Unife e a Casa Comercial Weimer, um dos trechos com maior concentração de moradores. A estimativa é de investir R$ 1 milhão. Desse montante, R$ 700 mil serão financiados pelo Badesul e o restante será contrapartida do município. Haverá um prazo de 48 meses para quitar o empréstimo, com um ano de carência.
Com casas da família próximas à estrada, Firmino Martini, 70, ressalta o histórico de pedidos para obter a melhoria. Lembra as dificuldades no período que o trajeto era utilizado para desviar don pedágio de Picada May, em Marques de Souza. “Era terrível. Espero que inicie mesmo sendo ano eleitoral. Será de grande importância.”
Para a filha Franciele, 24, a iniciativa é necessária. Além do fluxo intenso de veículos e caminhões, o excesso de velocidade aumenta a poeira e prejudica os moradores. Ressalta a necessidade de novos projetos para viabilizar a expansão da área asfaltada.
A proposta é comemorada pelo comerciante Edison Weimer, 51. Natural da comunidade, acompanhou as manifestações para conseguir o asfaltamento de parte da via. “Esta obra beneficia todos que transitam ou moram aqui. Favorece a entrega de mercadorias e o escoamento da produção.”
Para Weimer, os benefícios compensam o valor financiado. “Asfalto é uma questão de saúde pública. Não importa quem paga, o importante é o serviço.”
Debate entre vereadores
Aprovado pela câmara de vereadores, o projeto foi amplamente debatido. Eloise Zanatta (PSB) disse que o município ainda tem 17 prestações para pagar. “Existem outras áreas carentes de investimentos como saúde e agricultura”, complementou o colega de partido Alexandre Spieckert. Adriano Stefler (PSB) criticou o prefeito por descumprir a promessa. “Há três anos a proposta era asfaltar até sete quilômetros. Não somos contra, mas o ideal seria fazer e pagar.”
Omar Walter (PMDB) lembrou que a ideia surgiu quando o trecho era utilizado como desvio do pedágio de Picada May, Marques de Souza. “Buscaremos apoio para pavimentar outros trechos. Agricultores investem até R$ 2 milhões para ampliar a produção e com esse retorno será fácil quitar essa obra.” Tiago Weizenmann (PP) destacou que apenas o imposto gerado sobre a produção agrícola da localidade pagaria o valor financiado.
