Dos 29 atletas que se sagraram campeões da Copa Luís Fernando Costa 19 seguem no Estádio Alviazul para a temporada 2016. Entre os que saíram, estão o artilheiro Ramon (disputará a Série D com o Brasil de Pelotas) e o lateral-esquerdo Márcio Goiano (no Lajeadense desde 2013).
O clube contratou nove reforços para o próximo ano (veja no boxe). Eles serão apresentados na abertura da pré-temporada nesta segunda-feira, às 15h. Devido a reparos no campo do Estádio Alviazul, os treinamentos serão no estádio da Univates e no SER São Cristóvão.
Conforme o gerente Tales Cabeceira, mesmo com as dificuldades financeiras, o grupo formado para 2016 é competitivo. “Os jogadores compraram a ideia. Acredito que vamos representar bem o Lajeadense de novo.”Cabeceira prevê a contratação de mais dois atacantes durante a pré-temporada.
Uma das preocupações da diretoria é com os atletas lesionados. Giovane Neitzke, Laércio Soldá e Mateus Santana podem ficar de fora, inclusive, do Campeonato Gaúcho. Fábio Rosa tem contrato com o Lajeadense até metade do mês, mas deve permanecer no clube até se recuperar.
Carpegiani no comando
Além das mudanças no elenco, o Lajeadense terá uma nova comissão técnica para 2016. Com 14 anos de experiência, Rodrigo Carpegiani é o novo comandante. Ele é lembrado por ser filho do craque Paulo Cezar Carpegiani (campeão brasileiro com o Internacional e Flamengo nas décadas de 70 e 80) e por auxiliar na fundação do RS Futebol (clube que revelou o zagueiro da seleção Thiago Silva).
Auxiliar técnico e de preparação física em 2015, Moacir Alves foi promovido a preparador físico. Treinador de goleiros será Xau e o auxiliar técnico, Serginho de Almeida.
Gauchão 2016
A estreia do Lajeadense será no dia 31 de janeiro, em São Leopoldo, contra o Aimoré. Primeiro confronto, em casa, ocorrerá no dia 3 de fevereiro contra o Juventude.
A Hora – Ser filho de craque é bom ou ruim?
Rodrigo Carpegiani – Tem os dois lados. O ônus que é a cobrança, as más interpretações das outras pessoas. E tem o bônus que abre as portas. Todo mundo está interessado em sentar e conversar contigo. Isso pode ser útil.
Você tem quase 15 anos de experiência em comissões técnicas. Fale do início da carreira. Quais os ensinamentos adquiridos nesse período?
Carpegiani – Comecei em 2001 quando montamos o RS (futebol). Fui auxiliar do Juninho Camargo. A partir de 2003, o pessoal subiu para o junior e eu assumi a categoria juvenil. Depois de 2007, comecei a acompanhar o (Paulo Cezar) Carpegiani por todos os clubes que passou. Então meu aprendizado foi basicamente com ele. O único professor que tive foi o Carpegiani. O pouco que sei aprendi com ele. Mas tem muita experiência. Tem muita gente que queria estar no meu lugar, que está muito tempo no futebol e que não passou por onde eu passei sendo auxiliar do Carpegiani. Trabalhei com campeões mundiais. Rivaldo, Rogério Ceni e Miranda, por exemplo. Então adquiri muita experiência no vestiário, no dia a dia, nos jogos e nos treinamentos.
Qual foi o momento mais marcante?
Carpegiani – Quando conseguimos o título do baiano com o Vitória em 2009. O Ramon fez o gol na final contra o Bahia. A gente marca as vitórias. E esse foi um título que foi legal.
E o pior?
Carpegiani – Um momento chato foi quando estávamos no São Paulo. A equipe jogou contra o Avaí na Copa do Brasil. Lembro que o Rivaldo estava para entrar, mas o Carpegiani não o colocou. O São Paulo perdeu por 3 a 1 e foi eliminado. Depois, o Rivaldo chegou no vestiário chutando a mesa, nada a ver com o profissionalismo dele. Esse foi um lado ruim, que todo mundo está sujeito a passar. É um lado chato de briga e discussão interna.
Última equipe que treinou foi o Esportivo, em 2015. Você se desligou após seis partidas (três derrotas e três empates). Por que o trabalho não vingou no clube de Bento Gonçalves?
Carpegiani – Vou falar assim, faltou um pingo de sorte. Lembro que a gente fazia jogos muito bons. Tinha jogos que estávamos ganhando até os 47 (minutos) e tomávamos o gol do empate. Mas teve outros fatores em relação a contratações ou as pessoas querer dizer como trabalhar.
O que o torcedor do Lajeadense pode esperar de Rodrigo Carpegiani?
Carpegiani – Trabalho. Pode esperar um profissional que quer vencer e trilhar o próprio caminho. Uma pessoa que buscará os objetivos pessoais e do clube.
Sei que estou substituindo uma pessoa que passou por aqui e ganhou muitos títulos. Claro que estamos em um processo de reformulação. Aquela base que o (Luiz Carlos) Winck tinha era muito entrosada. Agora é tudo novo.
Quais os objetivos do Lajeadense na próxima temporada?
Carpegiani – Quando se inicia uma competição, falo por mim e tenho certeza que a dupla Gre-Nal quando entra em um Brasileiro pensa dessa forma também, todo mundo entra para não cair. O futebol é muito nivelado hoje. Por isso, o primeiro objetivo é não ser rebaixado. Não que o time seja ruim. Posso ter o melhor time, mas o primeiro pensamento sempre é esse. Claro, depois tem os grandes objetivos. Buscar estar entre os oito, subir degrau por degrau para lá na frente estar próximo do título.
Plantel do Lajeadense
Continuam
Vinícius Parise (goleiro)
Higor Martins (lateral)
Eduardo Bickel (zagueiro)
Diego Balbinot (zagueiro)
Gabriel Atz (zagueiro)
Marcio Marabá (volante)
Matheus Costa (volante)
Fernando Urnau (volante)
Reinaldo da Silva (volante)
Juninho Pavi (meio-campo)
Mateus Quaresma (meio-campo)
Ricardo Maria (meio-campo)
Alan Bald (meio-campo)
João Batista (atacante)
Ícaro Passos (atacante)
Lesionados
Giovane Neitzke (goleiro)
Laércio Soldá (zagueiro)
Mateus Santana (volante)
Fábio Rosa (volante)
Reforços
Lauro (goleiro)
Diego Hoffmann (lateral)
Romário (lateral)
Paulo Henrique (goleiro)
Cássio de Souza (zagueiro)
Maurinho (volante)
Diego Miranda (meio-campo)
Giovani Rosa (atacante)
Vandinho (atacante)
Saíram
Caio (goleiro)
Jonathan (goleiro)
Igor Bosel (lateral)
Márcio Goiano (lateral)
Josias Basso (zagueiro)
Eduardo Ludvig (zagueiro)
Vinícius (meio-campo)
Lenílson (atacante)
Eder (atacante)
Ramon (atacante)