Uma normativa interna publicada na semana passada dá autonomia as 19 supervisões regionais da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para a realização das auditorias dos municípios para a adesão ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf).
A ação faz parte da descentralização adotada nos últimos meses pela Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa).
O chefe substituto da Dipoa, Vilar Gewehr, acredita que a medida contribuirá para agilizar os processos. “A expectativa é que tudo se resolva em até 30 dias”, esclarece Gewehr.
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Para o coordenador do Programa de Agroindústrias da Emater Regional de Lajeado, Alano Tonin, o principal empecilho é a falta de documentos auditáveis para conseguir a adesão, como a licença ambiental, projeto de engenharia, cópias das análises dos produtos para atestar a qualidade, acompanhamento sanitário e ambiental e legislação específica para cada tipo de empreendimento. “Em muitas cidades, o SIM apenas existe na lei, na prática, ele não funciona.”
Dos 55 municípios atendidos, pelos menos dez ainda não têm o SIM. Na região, há 62 agroindústrias de origem animal cadastradas, além de outros estabelecimentos como frigoríficos e abatedouros que seriam beneficiados diretamente com a adesão ao Susaf. “Conseguir o aval para vender em todo estado será um incentivo para atrair novos empreendedores.” No vales do Taquari e Rio Pardo, apenas Encantado e Venâncio Aires estão credenciados.