O resultado oficial da eleição do Diretório Central de Estudantes (DCE) da Univates será divulgado hoje à tarde, pois a Comissão Eleitoral analisa pedido de impugnação encaminhado por grupo contrário. A única chapa inscrita teve 274 votos favoráveis e 33 contrários, com 11 anulações.
De acordo com a presidente do DCE, Luisa Arenhart, a contagem de votos ocorreu nessa quarta-feira à noite, na sala do DCE. Estavam presentes integrantes da diretoria, do Conselho Fiscal, da Comissão Eleitoral e da chapa concorrente. Sobre o pedido de impugnação, ela prefere não dar detalhes.
“Conforme instrução e aconselhamento dos advogados da Assessoria Jurídica da Univates, só tornaremos público o resultado das eleições na sexta-feira (hoje) à tarde, após respondermos o pedido de impugnação, o qual temos um prazo de 72 horas para dar o parecer.”
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Segundo a presidente, a ata de eleição foi preenchida, mas com uma ressalva. “A própria ata só será assinada após a resposta do pedido de impugnação, que será anexado a ela.” O pedido foi encaminhado por um aluno do curso de Direito, responsável pela tentativa de homologação da chapa concorrente.
A reportagem tentou contato, sem sucesso, com o acadêmico. Também solicitou à presidente do DCE o nome de outros integrantes, informação negada por ela. O único grupo concorrente inscrito dentro do prazo de antecedência mínima de 15 dias antes do pleito também não teve acesso ao conteúdo do pedido de impugnação.
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“Tentativa de golpe”
Para o candidato a presidente e líder da chapa única, Bruno Salvatori, aluno do curso de Direito da Univates, o grupo contrário tenta burlar os regulamentos estabelecidos no estatuto do DCE. “Nossa chapa ficou sete meses se organizando e nos inscrevemos quatro dia depois da abertura das inscrições. Eles deixaram para os últimos dez minutos de um prazo total de 30 dias”, resume.
Havia um menor de idade entre os integrantes da chapa apresentada nos minutos finais do prazo. E como a análise da Comissão Eleitoral dependia de informações do setor de Atendimento ao Aluno da Univates para confirmar a idade dos inscritos, o problema foi detectado só no dia seguinte. Com isso, não houve tempo para correções e a chapa não foi aceita.
Salvatori critica a postura da chapa concorrente. “Nunca foi problema ter adversário no pleito. O problema está no interesse por trás, movimentado por grupos estudantis comunistas como o ALE e A Marighella. Nada contra suas ideologias, mas nós estamos aqui pelos estudantes. E não pelos interesses partidários”, sustenta.
Também integrante da chapa única, o candidato a vice-presidente, Lucas Ahne, endossa a opinião de Salvatori. “Nossa chapa é suprapartidária. Alguns têm partidos, mas as decisões serão em prol dos alunos. E nada contra as ideologias do outro grupo. Mas o pleito tem que ocorrer da forma correta. E não agora. Assim parece golpe.”