Roque Lopes faz sessão de autógrafos

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Roque Lopes faz sessão de autógrafos

Livro aborda luta contra alcoolismo e é a primeira publicação do ex-presidente da Central

Roque Lopes faz sessão de autógrafos

Exemplares da autobiografia Nasci para o quê?, de Roque Lopes, foram autografados pelo autor ontem à tarde. Nela, o presidente da Clínica Central entre 1983 e 2011 conta passagens da vida, o início do alcoolismo ao ativismo para afastar pessoas da dependência química.

Durante a atividade, no Banco do Brasil (BB), o autor conversou com os leitores. O reconhecimento pela história e atuação era expresso no agradecimento dos visitantes. “Como experiência, foi algo muito bom. O efeito estou colhendo e escutando. Muitas pessoas se identificam com a história.”

Desde o lançamento, em novembro, até esta semana, cerca de 1,5 mil dos dois mil exemplares da primeira edição haviam sido vendidos. Os valores são revertidos para a Central. A obra é dividida em fases e começou a ser escrita em 2014. Nas 168 páginas, o leitor conhece diferentes etapas da vida de Lopes, desde a juventude, início da dependência e a decadência. Para a ilustração, utiliza fotos de cânions, em analogia aos altos e baixos do período.

A linguagem insere o leitor na rotina enfrentada por ele. As dificuldades durante o tratamento. Para Lopes, a história também pode servir de inspiração para pessoas em situações semelhantes. “O lado ruim do álcool é algo impagável, só podia continuar, se me livrasse dele.” Em conversa com um leitor, ele define o momento positivo mais marcante da trajetória. “No dia que levei a primeira pessoa para receber o mesmo tratamento que fiz, soube o que deveria fazer da vida.”

O processo descrito por ele faz referência à internação na Pinel, atual Hospital Psiquiátrico São Pedro. No local, precisou contar com ajuda de desconhecidos e recebeu tratamento na Unidade de Desintoxicação. Hoje, ele contabiliza mais de 30 anos no Alcoólicos Anônimos.

O livro também apresenta parte do cotidiano da Clínica Central. De maio de 1986 a maio de 2011, o local contabilizou mais de 16,9 mil internações. Pelo relato do autor, é possível acompanhar desde a ampliação dos serviços oferecidos e o atendimento de outras modalidades de dependentes químicos até a saída da presidência da entidade.

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