Burocracia impede instalação de empresas

Desenvolvimento

Burocracia impede instalação de empresas

Com 19 lotes vagos, Distrito Industrial depende de licença do Ministério do Meio Ambiente

Burocracia impede instalação de empresas

A impossibilidade de conseguir matrículas individuais dos lotes dificulta a instalação de empresas no Distrito Industrial, no bairro São Rafael. Desde o início de 2014 tramita o processo para licenciar o local no Ministério do Meio Ambiente. No período, pelo menos, seis empreendimentos deixaram de instalar unidades em um dos 19 lotes disponíveis.

O prazo para o ministério emitir a liberação encerra na metade do próximo ano, segundo o secretário de Administração e Finanças, Leandro Johner. De acordo com ele, o local conta com cinco empresas e gera cerca de 120 empregos diretos. Sem conseguir financiamento, os empreendimentos foram viabilizados com recursos próprios.

Apesar dos investimentos feitos nos últimos anos para garantir abastecimento de água e melhorias no local, indica o momento econômico como agravante para a adesão de empresas. “Isso afeta a geração de empregos e de tributos no município. Temos uma área com boa infraestrutura, mas as empresas não conseguem financiar e, muitas não têm recursos para investir.”

Com a liberação e credenciamento do distrito, afirma, será possível o desmembramento dos lotes. A partir da liberação, o secretário indica a tendência de desenvolvimento do local.

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Tentativa frustrada

Um dos casos mais recentes de tentativa de instalação no Distrito Industrial ocorreu com a empresa de Cristiano Adams. Há três anos, ele buscava informações e mantinha contato para transferir a empresa de fabricação de tampas plásticas de Lajeado para o município vizinho. Ainda em 2013, a empresa de Adams havia recebido concessão de uso para uma área de 6,5 mil metros quadrados no local.

Por dificuldades em financiar a construção do empreendimento, em julho deste ano, o espaço foi doado ao empresário. A medida foi insuficiente para conseguir a liberação e, em novembro, ele devolveu o lote para a Administração. Entre os atrativos indicados por ele para a mudança, após dez anos de atuação, estava a infraestrutura ofertada no local. “O distrito é excelente tem tudo o que se precisa e os lotes são maiores. O maior problema é a falta de registro mesmo. Não conseguimos financiar e, aí, precisamos arcar com toda construção e maquinários.”

Assim como Adams, Eduardo Hendler, do ramo de equipamentos para irrigação, suspendeu a instalação de uma unidade no local. Ela comportaria a fabricação dos produtos da empresa, além de dois serviços terceirizados em Lajeado e Teutônia.

Com distribuição em 13 estados e 40 revendas em território gaúcho, Hendler esperava dobrar a capacidade produtiva. “Era uma oportunidade, mas acabamos não avançando, nos adaptamos internamente. Não é algo que prejudica potencialmente o município, mas, se fosse mais fácil, atrair empresas, iria contribuir.”

Ele atribui as dificuldades à falta de garantias no caso de empresas em desenvolvimento. Para Hendler, fatores como logística mais fácil, formato e organização do distrito são atrativos para empresas da região.

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