Microcefalia resulta alerta nacional

Saúde pública

Microcefalia resulta alerta nacional

Ministério da Saúde sugere intensificar combate contra o mosquito aedes aegpty

Microcefalia resulta alerta nacional

O Ministério da Saúde (MS) confirmou nesse sábado, 28, a relação entre o vírus zika e a epidemia de microcefalia no Nordeste. O resultado de exames realizados em um bebê nascido no Ceará, com o problema cerebral e outras má-formações congênitas, identificou a presença da doença em amostras de sangue e tecidos.

Segundo o MS, o principal transmissor do vírus é o mosquito aedes aegpty, também conhecido por propagar a dengue e a chikungunya. Mas investigações com o intuito de elucidar questões sobre a atuação do agente no organismo, a infecção do feto, e o maior período de risco para a gestante devem continuar.

De acordo com o secretário da Saúde de Lajeado, Glademir Schwingel, a situação está sob controle na cidade, mas é preciso cuidado. Segundo determinação do MS, foi feito um Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegpty (Lira), que não identificou nenhum foco do mosquito. “Não estamos na área de maior risco, mas a situação requer cautela”, pondera.

Para Schwingel, os gaúchos não têm motivo para entrar em pânico, mas é preciso começar a trabalhar a conscientização e a prevenção. Desse modo, as recomendações técnicas emitidas pela Secretaria Estadual de Saúde o serão adotadas e divulgadas por equipes locais. “O objetivo principal é evitar o contato com o mosquito e sua reprodução”, comenta.

Conforme o comunicado do MS, essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial. O que reforça o chamado para uma ação nacional de combate ao mosquito transmissor. Hoje 199 municípios brasileiros são considerados áreas de risco de surto de dengue, chikungunya e zika, o que requer uma ação imediata.

Mais ocorrências

Além do caso do bebê que ajudou a confirmar a relação entre o vírus e a microcefalia, o MS foi notificado pelo Instituto Evandro Chagas a respeito de outros dois óbitos relacionados ao zika. O primeiro ocorreu São Luís, no Maranhão, com um homem que inicialmente foi internado com suspeita de dengue, doença posteriormente foi descartada.

A segunda ocorrência foi com uma menina de 16 anos de Benevídes, no Pará, confirmada na sexta-feira, 27. O quadro e os sintomas que levaram à internação foram o mesmo do anterior, mas o teste para zika foi confirmado e repetido.

Em princípio o protocolo inicial para o atendimento de possível agravamento do vírus será o mesmo utilizado para situações mais graves de dengue. Mas o MS continua investigando a ocorrência de microcefalia em bebês, assim como a avaliação de casos sérios em adultos, a manifestação clínica e a disseminação da doença.

No estado

O MS pretende intensificar o acompanhamento da situação e divulgar orientações para rede pública e população, conforme os resultados das investigações de casos suspeitos. Além de manter contato com as secretarias estaduais e municipais para articular uma resposta conjunta e mobilizar ações contra o aedes.

No RS o trabalho também deve ser reforçado com a criação de um comitê intersetorial. A ação reunirá as secretarias de Saúde, Educação, Infraestrutura, Turismo, podendo contar com a contribuição de outros setores.

O governo estadual ainda não registrou casos de zika, nem o aumento de hidrocefalia, mas a natureza da mobilização é preventiva. Uma operação conjunta com o Exército, para eliminar os focos do inseto já está em planejamento. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) reforça que a população esteja conscientizada para atender os agentes de campo, que fazem as visitações às residências à procura de possíveis criadouros do inseto.

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