A administração municipal pretende finalizar no próximo ano um projeto de ampliação da malha viária para ciclistas. O objetivo é construir ciclovias nas principais avenidas, utilizando os canteiros centrais para não interferir nas vagas de estacionamento. Departamento de Trânsito estima garantir pelo menos dez quilômetros de extensão em 2016, com pistas de mão dupla.
O diretor de Trânsito, Euclides Rodrigues, prefere não estimar valores. Segundo ele, o memorial descritivo do projeto determinará o custo dos investimentos. “Dependerá de como será a estrutura de proteção para os ciclistas. Entre as possibilidades, está a instalação de um meio-fio entre a ciclovia e a rua.” Rodrigues quer dispensar a pintura completa dos espaços. Para o diretor, é possível sinalizar as pistas de forma mais econômica. “Podemos pintar, a cada quadra, apenas uma sinalização tradicional das ciclovias no chão. Mas não há por que gastar tanta tinta, como foi feito no passado”, comenta.
O projeto será apresentado ao prefeito no início de 2016, segundo Rodrigues. A previsão é investir em ciclovias nas principais avenidas que têm canteiros centrais. Entre elas, a Benjamin Constant, a Castelo Branco e a Décio Martins Costa. “Na Décio Martins, por exemplo, fizeram a ciclofaixa junto à calçada, onde os veículos estacionam. Faltou estudo no passado”, reclama.
Entre 2008 e 2012, o governo municipal gastou mais de R$ 1 milhão na construção de ciclofaixas. No primeiro ano, foi garantido um quilômetro. Em 2010, o então secretário de Obras (Sosur), Mozart Lopes, ampliou a malha para a rua Bento Rosa, entre os bairros Hidráulica e Carneiros. Foram gastos R$ 98 mil para 1,8 quilômetro de pista.
Em 2011 foram criados mais quatro quilômetros em trechos da rua Bento Gonçalves, av. Benjamin Constant e nas pontes do Arroio Saraquá, no bairro Conservas, e sobre a ERS-130, no Montanha. No ano seguinte, as ciclofaixas foram instaladas em mais 15 quilômetros, localizados em pontos da av. Castelo Branco, rua Carlos Sphor Filho, av. Beira-Rio, rua Henrique Stein Filho, av. Décio Martins Costa, rua João Goulart e rua Paulo Emílio Thiesen. Hoje, a maioria dos trechos está deteriorada.
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Terminal de bicicletas
A Secretaria de Planejamento (Seplan) pretende criar um grupo de discussão para avaliar a possibilidade de interligar, por meio de ciclovias, a Univates e o centro. Grupos de ciclistas que já participam do Conselho de Trânsito serão chamados. A proposta, de acordo com a secretária Marta Peixoto, ainda esbarra em questões financeiras.
“Foi discutida com a Univates uma parceria para construção de um terminal coberto de bicicletas, e de pistas interligando o câmpus ao centro, com sinalização completa. Custaria em torno de R$ 150 mil, e hoje não há condições financeiras.” Segundo Marta, o projeto ainda previa a compra de novas bicicletas para disponibilizar à comunidade. A ideia era seguir o mesmo modelo já utilizado dentro do câmpus da Univates, o Bicivates, no qual o aluno consegue autorização de uso por meio de cadastros eletrônicos, e de forma gratuita.
