Reunião-almoço discute Estatuto do Desarmamento e o Projeto de Lei 3722. O encontro promovido pela Societá Fiore Dei Piani ocorre hoje em Santa Rita, Estrela, às 11h. O convidado para o debate é o deputado federal Onix Lorenzoni. O encontro reúne atiradores de Santa Cruz do Sul, Teutônia, Estrela, Cruzeiro do Sul, Roca Sales e Guaporé. Organização espera 200 atiradores. Cartões para almoço podem ser adquiridos por R$ 30 pelo (51) 9942-9722.
Conforme o diretor do Departamento de Tiro e Caça, Henrique Scheer, a reunião debate itens do projeto de lei como a redução da idade para adquirir arma de fogo. Parte dos atiradores da sociedade discorda do texto que libera o porte para jovens de 21 anos.
Outro ponto criticado pela organização é o nome Estatuto do Desarmamento. Para o diretor, a nomenclatura está associada à criminalidade e cria imagem negativa para os esportistas. O porte de armas para moradores do interior é defendido. “Nas localidades onde a segurança pública não protege, a população precisa de defesa”. A organização sugere a criação de um órgão específico para debater o setor. A proposta facilita o diálogo e desenvolve a categoria. Hoje a fiscalização é feita pela Polícia Federal e Exército.
A liberação pode ser negada sem motivo aparente. Para aquisição, o civil deve apresentar motivos por meio de ofício, além de passar por testes psicológicos e de manuseio. O clube pratica tiro ao prato e caça, regulado pelo Exército e Ibama. A Societá Fiori Dei Piani existe faz 21 anos e não dispõe de armas. Os 300 associados levam os equipamentos individuais e praticam na sociedade. A munição é real, mas adaptada para ter menor poder de fogo.
Todas espingardas ficam armazenadas em seguradoras de valores para dificultar o acesso de pessoas despreparadas. No Vale, estima-se 700 atiradores e caçadores registrados. Há quatro níveis que definem a categoria e progridem conforme treinamentos e avalização dos órgãos responsáveis. Os amadores têm direito a adquirir quatro espingardas e 500 cartuchos por arma a cada ano. O acervo aumenta nos níveis estadual, nacional e internacional que permitem ingresso em competições.
Burocracia barra esporte
O Departamento de Tiro da Associação Cultural e Esportiva União, de Teutônia, deve solicitar mudanças no regimento. Conforme o presidente Ademio Krützmann, os associados encontram dificuldade na compra de munição. Para efetivá-la, precisam solicitar documento do Exército para apresentar na loja. A organização questiona a burocracia para que jovens menores de 18 anos assistam a treinos e competições. A flexibilização dessa norma permitiria que filhos de atiradores ingressassem no esporte. O clube funciona faz cinco anos e conta com 60 associados ativos. Os treinos com pistolas, revólveres, rifles e carabinas ocorrem na Associação Pró-Desenvolvimento de Languiru. Cada integrante leva seu equipamento, mas o grupo disponibiliza três rifles .22 para a prática.