Foi anunciado nessa segunda-feira o desligamento de Eduardo Basso, o “Morruga”, do comando técnico da ASTF. Ele deixa o clube de Teutônia para comandar o Concórdia Futsal, de Santa Catarina. “Tive algumas propostas e achei por bem aceitar por ser um novo desafio. Queria voltar a defender uma equipe da Liga Nacional,” justifica o comandante que esteve à frente da ASTF por duas temporadas.
Nesse período, Morruga disputou 71 partidas. Foram 30 vitórias, 15 empates e 26 derrotas – aproveitamento de 53%. Para ele, o momento mais marcante foi a evolução na campanha de 2015 da Série Ouro. “Chamou a atenção de todo mundo” (veja entrevista no boxe). Morruga estreou na ASTF no dia 28 de janeiro de 2014. Naquele ano, levou a equipe às quartas de final da Série Ouro e ficou com o terceiro lugar na Copa Lupicínio Rodrigues. Em 2015, conquistou a medalha de bronze na Copa dos Vales e com a sexta colocação na Série Ouro.
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Busca por novo comandante
A saída de Morruga não surpreendeu os dirigentes da ASTF. “Ele (Morruga) tava em evidência. Era provável que receberia uma proposta,” destaca o diretor de esportes, Luís Fernando Rückert. Diretoria da ASTF procura um novo comandante para a temporada 2016. Uma das possibilidades, conforme Rückert, é promover o auxiliar Christian Carniel. “Ele é o nome mais cotado, mas ainda não está oficializado.” Carniel chegou na ASTF em 2013. No ano seguinte, foi o capitão da equipe teutoniense durante a campanha de acesso à elite do futsal gaúcho – equipe ficou em segundo lugar da Série Prata. Aposentou-se no ano passado após 14 temporadas como jogador de futsal, sendo contratado como auxiliar técnico e coordenador das categorias de base de Teutônia.
“Tivemos nossos objetivos atingidos”
A Hora – Qual a avaliação das duas temporadas à frente da ASTF?
Morruga – Tivemos nossos objetivos atingidos. Primeiro era de profissionalizar uma equipe amadora, sem treinamento diário ou rotina constante. A gente conseguiu implementar isso. Jogadores se dedicando exclusivamente e treinando em dois turnos. Tendo uma vida como profissional e cumprindo algumas obrigações. Depois, os resultados estabelecidos. No primeiro ano, chegamos em oitavo na Série Ouro e em terceiro na Copa Lupicínio Rodrigues. Neste ano, uma campanha que mostrou uma evolução do trabalho culminou com o sexto lugar na Série Ouro, muito próximo de chegar às semifinais.
Na sua opinião, qual o momento mais marcante?
Morruga – De positivo, foi a campanha deste ano. Com vitórias contra o Atlântico, Alaf. Empate em Carlos Barbosa contra a ACBF. Teve alguns momentos importantes, principalmente a campanha do segundo turno que chamou a atenção de todo mundo.
E qual o pior momento?
O pior momento foi a derrota para a Alaf (4 a 1 no dia 7). A gente sabia que um empate seria um bom resultado e teríamos uma condição favorável para jogar em Venâncio Aires pela Série Ouro. Acabamos perdendo em casa num jogo em que nosso time se desconcentrou. Vínhamos de nove resultados positivos, sete vitórias e dois empates. Mas acabamos perdendo o jogo mais importante, o mais decisivo.
Qual o legado que Morruga deixa em Teutônia?
Morruga – A questão de coletividade, de trabalho, de seriedade são os pontos principais que sempre exigi e que são fundamentais para o sucesso.
O que motivou a transferência para o Concórdia?
Morruga – Tive algumas propostas bastante interessantes. Achei por bem aceitar a do Concórdia por ser um novo desafio. Nunca trabalhei em Santa Catarina e quero ter essa oportunidade. E depois, era uma ideia minha voltar a defender uma equipe da Liga Nacional.