Para viabilizar a compra de insumos e a prestação de serviços por um preço mais acessível, em 1983, surgiu a ideia de criar uma Associação e Prestação de Serviços e Assistência Técnica (Apsat). O projeto foi concretizado em 13 de julho de 1989, sob a orientação do engenheiro agrônomo Martin Wanderer e apoio de 20 agricultores da comunidade de São Jacó. Três anos depois, foram construídos os primeiros de silos, armazém e balança rodoviária para estocar a produção dos sócios. As obras foram viabilizadas com recursos do Fundo Estadual de Apoio aos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Fepaer).
Em 1998, para valorizar a matéria-prima, foi construída uma fábrica de rações. Limitado ao crédito, o grupo decidiu fundar uma cooperativa – a Agroindustrial São Jacó (Cooperagri), no dia 3 de novembro de 2007. O primeiro presidente foi Osmar Jacobs, juntamente com Hans Fritz Gräbin e André Carlos Driemeier. A entidade era composta por 24 integrantes. Administrada há três anos pela médica-veterinária e especializada em gestão, Cristiana Baruel Terra, a cooperativa tem 200 associados. A estrutura erguida em um hectare de terra tem capacidade para armazenar 48 mil sacos de grãos (milho e soja) e produz 500 toneladas de rações por mês.
A maior parte dos grãos é beneficiada e retorna às propriedades dos sócios para alimentação animal por um preço inferior ao dos concorrentes, sem a cobrança de frete. A Cooperagri também atua na compra de adubos e sementes de milho. Cristiana projeta um faturamento de R$ 6,1 milhões para este ano. Como desafio, cita a concorrência. “É difícil fidelizar os sócios, pois temos grandes empresas que atuam no mesmo setor. Nosso objetivo é agregar valor ao produto e auxiliar na gestão da propriedade.” Como diferencial, destaca a mivalorização da matéria-prima, a assistência técnica e o fornecimento de rações e insumos por preços mais acessíveis ao quadro social. O patrimônio da entidade está avaliado em R$ 3 milhões. Para ser sócio, basta ser produtor e pagar um valor de R$ 50.
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Novas instalações
Neste sábado, a partir das 10h, ocorre a inauguração da nova sede administrativa, iniciada em abril, cujo investimento soma R$ 380 mil. Também foram acrescidos à estrutura física três silos para armazenagem de ração, um filtro para amenizar a liberação de poeira proveniente do processo de beneficiamento dos grãos na fábrica e feito o cercamento. Segundo Cristiana, após a solenidade, ocorre palestra com um representante do Sebrae, minifeira de negócios com exposição de produtos organizada pelos clientes parceiros da cooperativa, almoço no ginásio da comunidade e sorteio de prêmios. “É um momento para confraternizar entre os sócios e clientes.”
“Unidos somos fortes”
O casal Sildo e Alci Bogner ajudou a construir os silos na década de 90. Destacam a importância dos produtores estarem unidos para conseguir valorizar sua produção e aumentar a rentabilidade na lavoura. “É a única saída para se manter na propriedade, estar ligado a uma cooperativa. Nós temos vínculo com três”, comenta Sildo. Entre as vantagens, destaca a garantia de armazenagem do grão e o trato das vacas leiteiras com uma ração de qualidade a preço mais baixo.