Autoridades debatem violência nas escolas

Educação no Vale

Autoridades debatem violência nas escolas

Agressão, bullying e indisciplina são os mais comuns

oktober-2024

Representantes de diferentes órgãos ligados à educação, segurança pública e Justiça discutiram formas de aumentar a segurança nas escolas. Entre elas, está o desenvolvimento de diagnósticos locais sobre o tema, previstos para estarem prontos em 2016. Os dados servirão de base para o desenvolvimento de estratégias focadas nos problemas de cada região gaúcha.

O encontro ocorreu ontem durante o 1º Fórum da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência na Escola (Cipave), em Estrela. O evento reuniu profissionais da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE).A criação de uma rede multidisciplinar voltada à prevenção de problemas de segurança escolar foi indicada prioridade pela primeira- dama e criadora da Lei Cipave, Maria Helena Sartori.

Ela apresentou detalhes da proposta e da experiência do trabalho desenvolvido em Caxias do Sul.O posicionamento é compartilhado pela gerente estadual do Cipave, Luciane Manfro. De acordo com ela, apesar de existir desde 2012, os grupos eram pouco atendidos pelo Estado. Neste ano, com a intensificação dos debates sobre o tema, unidades do conselho foram criadas em 1,3 mil das mais de 2,5 mil escolas. A meta, segundo ela,  era atingir cem educandários ainda neste ano.

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Banalização da violência

Dados de um levantamento prévio apresentado por Luciane mostram que os casos mais comuns de violência escolar são de indisciplina, bullying e agressões. “Se banalizou as atitudes desrespeitosas. É comum professores reclamarem de xingamentos e se acha normal, mas são esses casos que antecedem as agressões.” Segundo ela, o perfil das ocorrências muda dependendo da região. Casos de desrespeito ganham proporção no interior, enquanto furtos e tráfico no entorno das escolas são mais comuns na capital e Região Metropolitana.

Até a implantação da rede e elaboração de relatórios focados sobre o tema, afirma, a dificuldade mais comum é a identificação e prevenção dos casos. A tendência é que os dados sejam compartilhados entre os órgãos de educação e segurança pública.Para a capitã da Brigada Militar, Karine Brum, as medidas são importantes para redução da ocorrência de problemas no entorno das escolas. Com a integração de pais, comunidade escolar e diferentes órgãos, estima resultados positivos na comunidade. “É algo complexo, precisamos trabalhar a estrutura familiar, legislação. Esse diálogo vai aproximar e gerar mais alternativas.”

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