Ex-funcionários da Blip recebem indenização no próximo semestre

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Ex-funcionários da Blip recebem indenização no próximo semestre

Venda de maquinários viabiliza o pagamento de parte dos valores

Teutônia

Teutônia – Audiência realizada ontem a tarde devolveu esperança a centenas de ex-trabalhadores da falida calçados Blip de receberem as indenizações.

Crédito: Maciel Rodrigues DelfinoRepresentantes do administrador da massa falida, presidente do Sindicato das Indústrias Calçadistas de Teutônia (Siticalte), advogados, promotores e juíza discutiram prazos. Encontro no Fórum durou mais de uma hora e projetou pagamento para cerca de mil pessoas no Vale do Taquari. Os primeiros valores devem ser pagos no primeiro semestre do próximo ano.

Os direitos trabalhistas dos ex-funcionários serão pagos com dinheiro arrecadado por meio de venda de máquinas, ICMS, PIS/Cofins e da Justiça Federal. Os administradores da massa falida, representados por Gabriele Chimelo e Thales Oliveira, contabilizam cerca de R$ 2 milhões em ativos.

Junto com o Siticalte, os administradores listam os nomes de todos os ex-funcionários da cidade. O documento será revisado até o fim do ano e agregado ao processo. As atualizações na lista servem para agilizar e definir os primeiros a receber.

O desmembramento do prédio situado no bairro Canabarro foi protelado. A planta industrial tem duas matrículas e parte da estrutura está no nome do sogro de um dos sócios. O sindicato pede agilidade na ação, porque o prédio se deteriora e desvaloriza a cada dia.

A outra parte foi garantida aos 400 colaboradores, do primeiro lote de demissões. O sindicato busca alterações nessa cláusula, para que a estrutura seja somada ao valor ativo e dividida aos 550 ex-funcionários. Para o advogado Elton Haefliger, o processo está chegando ao fim. “Demorou demais”, diz.

A planta industrial está avaliada em R$ 3 milhões. Para o presidente do Siticalte, Roberto Müller, existe a garantia, mas o processo deve ser mais rápido.

Histórico

Em 20 anos de atividade, a Blip chegou a ter dois mil funcionários divididos em filiais no Vale do Taquari. O período crítico na administração financeira da empresa iniciou em 2000. Na época, a direção sinalizou formas de recuperação.

Sem obter êxito, em 2007, demitiu 400 pessoas com a promessa de pagamento dos direitos parcelados. Houve concordância de parte dos funcionários. Em 2011 a empresa declarou falência e demitiu os 150 colaboradores que mantinham a produção.

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