Avaliação ratifica falhas na alfabetização

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Avaliação ratifica falhas na alfabetização

Conforme MEC, estudantes do 3º ano têm dificuldade para fazer contas básicas

Vale do Taquari
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Vale do Taquari – O Ministério da Educação e Cultura (MEC) divulgou na quinta-feira, 17, a Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), que verifica o desempenho de alunos do Ensino Básico. O estudo apontou que mais da metade dos estudantes do 3º ano não sabe fazer contas básicas.

Leonardo HeislerParticiparam do levantamento mais de 2,5 milhões de alunos em 49 mil escolas. Além das dificuldades em Matemática, os estudantes ainda apresentaram problemas no aprendizado de leitura e escrita, sendo que um em cada quatro comete erros que comprometem a compreensão das mensagens.

Entre as regiões, a Norte e Nordeste apresentaram os piores resultados nos quesitos pesquisados. Nelas, menos de 5% dos estudantes alcançaram o maior nível de avaliação em todos os setores.

A Região Sul obteve o segundo melhor desempenho, com mais de 13% dos alunos alcançando o nível máximo no teste. O resultado é inferior apenas ao obtido pela Sudeste, onde quase 17% foram classificados no nível avançado.

Porém, entre os três estados da região, o RS obteve o pior resultado em todos os quesitos avaliados. Para o coordenador pedagógico da 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Fábio Luís Mallmann, o desempenho é insuficiente, mas já foram adotadas medidas para reverter esse cenário.

“O Estado adotou uma política que busca o aproveitamento pleno da educação, dando resposta para os problemas do dia a dia”, assegura. Para ele, a função da escola é dar uma resposta para as novas realidades, com a formação de alunos capazes de ter iniciativa e autonomia de decisão frente aos dilemas do cotidiano.

Conforme o coordenador pedagógico, apesar de estar no papel, tal metodologia exige tempo para ser adotada em todas as escolas. Mallmann afirma que o processo em curso abrange pessoas com diferentes formações e culturas, para construir um trabalho coletivo e interdisciplinar.

Atuação familiar

Mallmann defende ainda uma maior participação dos responsáveis pelas crianças no processo de construção do ensino. Segundo o coordenador, se antes as famílias dedicavam tempo para ajudar os filhos, hoje estão cada vez mais ausentes.

“As escolas estão vazias de pais”, avalia. Para ele, é preciso resgatar a presença dos familiares no conselho escolar, participando tanto das decisões pedagógicas quanto administrativas, caso contrário, as mudanças necessárias não serão realizadas.

Metodologia insuficiente

Apesar de admitir que o desempenho gaúcho na ANA foi insatisfatório, Mallmann defende mudanças na metodologia de avaliação. “O próprio MEC admite a necessidade de mudar o teste.”

Para ele, a prova deveria incluir um número maior de habilidades para contemplar todos as questões envolvidas no processo de aprendizagem.

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