Estado – Em exame de triagem em propriedade de Cruzeiro do Sul, surgiu a suspeita da doença em uma égua. O local ficará interditado até o recebimento da contraprova, encaminhada a um instituto em Recife, habilitado pelo Mapa.
Conforme o médico-veterinário e responsável pela Inspetoria de Defesa Agropecuária de Lajeado, Marco Antônio Reckziegel, é a segunda suspeita verificada em três meses. “O primeiro caso deu negativo. Permanece o alerta até obtermos o resultado.”
Em todo estado, foi verificado apenas um caso em Rolante, no Vale do Paranhana, onde o animal foi sacrificado. Quanto aos desfiles, reunião entre a Seapa e entidades tradicionalistas definiu a adoção de medidas para o controle da enfermidade. Para diminuir o risco de contágio, muitas cidades optam pelo cancelamento das cavalgadas devido à dificuldade no controle de animais e à demora para os testes. “Se for realizada qualquer atividade é preciso fazer o cadastro e cobrar dos participantes o exame atestando a sanidade do animal.”
De acordo com Reckziegel, a multa para organizadores de evento que permitirem animais sem o exame é de até R$ 45 mil. Proprietários pagam R$ 1,5 mil. A validade do exame é de dois meses. O custo por cavalo varia entre R$ 100 e R$ 150, dependendo da quantidade de animais testados por propriedade.
A doença debilita o animal, causa alterações respiratórias, febre alta e secreção nasal. Além disso, é contagiosa e pode ser transmitida a pessoas, principalmente tratadores.
Como é o teste
São realizados dois exames. No primeiro, é emitida a Guia de Trânsito Animal (GTA) e realizado o cadastro no sistema. O teste tem validade de dois meses se não for detectado o vírus da doença. Em caso positivo, é encaminhada uma segunda análise para laboratório oficial. A propriedade é interditada. Se confirmada a doença, o animal é sacrificado. O estado tem 575 mil cavalos registrados. Desses, ao menos cem mil participam de eventos.
