Governo atrasa contrato e afeta Samu

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Governo atrasa contrato e afeta Samu

Central de Regulação trabalha com metade da equipe de telefonistas desde terça

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Estado – Após parcelar o salário dos servidores pelo segundo mês consecutivo, o governo do Estado atrasa o pagamento de contratos firmados com empresas terceirizadas. Entre as prejudicadas, está a SA Recursos Humanos, responsável pela equipe da Central de Regulação Médica de Urgência do Samu. Sem receber, metade dos telefonistas paralisou os trabalhos na terça-feira.

Crédito: Anderson LopesO fato causa apreensão, visto que o grupo tem função essencial de condicionar agilidade no atendimento aos chamados pelo 192. Com menos servidores em atuação, há risco de atrasos. A central dispõe de oito telefonistas e apenas quatro estão trabalhando de forma normal.

O grupo atende a uma região de 146 municípios, incluindo o Vale do Taquari. Cidades como Porto Alegre, Caxias do Sul, Pelotas e Bagé não sofrem interferência da paralisação, pois têm centrais de regulação próprias.

Coordenadora regional do Samu, Noemi Krüger relata que apesar do menor número de telefonistas o serviço não sofreu alterações ao longo dessa quarta-feira. A equipe da central é composta por outros profissionais e esses atuam de forma normal evitando maiores transtornos.

Ao receber um chamado, o telefonista tem a função de questionar o motivo da ligação, endereço, município, ponto de referência e, em caso de acidentes, o número de vítimas. Em seguida, o telefonema é transferido para um médico regulador, que faz o provável diagnóstico, orienta sobre as primeiras ações e avalia a necessidade de enviar uma ambulância.

Governo avalia medidas

O atraso no pagamento de terceirizadas decorre do bloqueio das contas do Estado por parte do governo federal, ocorrido no dia 1º. No caso da empresa SA Recursos Humanos, o contrato não pago totaliza R$ 646 mil mensais. Para buscar alternativas ao problema, integrantes da Secretaria da Saúde se reuniram nessa terça-feira.

De acordo com o secretário adjunto, Francisco Paz, decidiu-se reduzir a equipe de telefonistas pela metade para conseguir manter o atendimento. “Não há suspensão, mas o atendimento pode demorar um pouco mais do que o normal”, admite.

A situação deve ser normalizada até amanhã, pois o governo espera conseguir desbloquear as contas hoje de manhã. Mas antes, precisa quitar a parcela mensal da dívida com a União. Para isso, o Executivo conta com o ingresso de recursos referentes a impostos e repasses federais.

Além de conseguir pagar a dívida com o governo federal, o ingresso de receita deve oportunizar ao Estado o pagamento de R$ 800 por matrícula de servidores amanhã. O cronograma do parcelamento vai até o dia 22.

Saiba quando chamar o Samu

A cada dia, em média, a Central de Regulação Médica de Urgência recebe 3,9 mil ligações. No entanto, quase três mil são desnecessárias e acabam sobrecarregando a equipe e prejudicando o atendimento a casos graves. Do total, menos de 800 resultam em atendimento.

Além dos trotes, também ocorrem casos em que as ambulâncias do serviço são enviadas em acidentes que não resultam feridos. A coordenadoria regional do Samu pede atenção à sociedade e orienta ligações apenas para casos de urgência.

Outra orientação é para manter a calma durante o chamado, respondendo todas as perguntas solicitadas e não desligando o telefone até a liberação da ambulância pelo médico regulador. As informações colhidas são de extrema importância para definir o tipo de ambulância que será enviada e as orientações que serão fornecidas até a chegada da equipe do Samu no local.

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