Ampliação termina com improvisos

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Ampliação termina com improvisos

Município investe R$ 659 mil em obra no colégio Dom Pedro I, no Jardim do Cedro

Lajeado

Lajeado – O município inaugurou a ampliação da Escola de Ensino Fundamental Dom Pedro I, ontem, em meio às comemorações da Semana da Pátria. A escola do bairro Jardim do Cedro, fundada em 1919, atende mais de 700 alunos.

Crédito: DivulgaçãoOs investimentos chegam a R$ 659 mil, com recursos próprios do município. Um prédio de dois andares, com 512 metros quadrados, garante mais conforto aos alunos. O térreo abriga refeitório, cozinha, despensa, lavanderia, sanitários, vestiários e áreas para circulação. No pavimento superior, foram construídas quatro salas e um espaço para circulação.

A obra também compreende área coberta para interligar os demais prédios e a reconstrução de um muro que cerca a escola. Para a diretora Vânia Maria dos Santos Lima, a melhoria contribui para a formação dos alunos. “Estamos em uma escola de primeiro mundo. Agora vislumbramos oportunidades”, disse durante a inauguração.

Para ela, a história da escola remete ao esforço da comunidade. Secretária de Educação, Eloede Conzatti lembrou das inúmeras reuniões com arquitetos e integrantes do Conselho Escolar de Pais e Mestres (CPM), desde 2013, até o projeto da ampliação ser definido.

O primeiro orçamento, de R$ 40 mil, previa apenas o conserto de um telhado. No entanto, de acordo com a secretária, percebeu-se a necessidade de ampliar a reforma e abrir espaço para a matrícula de novos alunos. O segundo projeto, de um prédio com um andar, ganhou novo pavimento para preservar o espaço do pátio.

A secretária lembra que a exigência e a participação da comunidade e professores contribuíram. “Protestaram por melhorias, mas sugeriram propostas. Isso faz a diferença.” A secretária agradece o empenho da construtora, o que difere do senso comum de que toda a obra pública é malfeita.

Professora de Educação Física, Rosa Bersch comemora a evolução na estrutura. Apesar de o prédio tirar espaço do pátio, o que obriga a escola a dividir os intervalos em duas turmas, as novas salas e o refeitório garantem conforto aos alunos.

O zelador José Carlos da Silva, 59, se diz mais tranquilo pela ampliação da estrutura e pela construção de um muro. “Ficava aflito, pois as crianças poderiam sair.”

Crescimento

Diante das apresentações dos alunos, a aposentada Hanelore Scherer, 55, lembra do avanço do educandário e do bairro Jardim do Cedro. “Quando eu estudava aqui, só tinha roça ao redor.”

Avô de Hanelore, Frederico Dellbrigge construiu a primeira escola, de madeira, a cerca de 200 metros do local. O pai, Ansoni, ajudou a levar a escola ao espaço atual, em 1945, onde ela estudou.

O educandário ganhou mais espaço no fim da década de 90, quando o município comprou terrenos vizinhos e construiu outro prédio.

Salas eram improvisadas

A falta de estrutura causou transtornos a alunos e professores. O problema iniciou em 2012, quando foi licitada a reforma do telhado do prédio antigo. A vencedora do edital alegou que os recursos disponíveis eram insuficientes, pois havia outros problemas estruturais. A partir disso, o local foi demolido e os trabalhos de orientação educacional e recurso pedagógico foram improvisadas em dois banheiros da escola.

A cozinha foi realocada para uma pequena sala de aula, e o refeitório, montado no pátio. A escola virou notícia no país no início de 2014, pois não garantia a estrutura adequada.

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