Empréstimo pode atenuar crise enfrentada por hospital

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Empréstimo pode atenuar crise enfrentada por hospital

Funcionários sofrem com salários atrasados

Vale do Taquari

Boqueirão do Leão – A administração do Hospital Anuar Elias Aesse começa a enxergar uma saída para a crise financeira motivada pela queda nos repasses estaduais.

Crédito: Luiz Chaves/DivulgaçãoDe acordo com o administrador Alessandro Weber, a entidade integrará medida anunciada pelo governo, que avalizou linhas de créditos com juros subsidiados para as casas de saúde.

Conforme Weber, o Piratini deve R$ 35 mil para o hospital. O recurso corresponde a 20% da parcela do contrato para custeio do SUS do mês de junho e 30% do mês de agosto, e de recursos do Programa de Saúde Mental que não foram repassados pelo Estado.

“Este valor daria para quitar quase todo o débito que temos em salários atrasados”, ressalta. A instituição deve R$ 36 mil em salários para os 25 funcionários. O débito é referente ao mês de maio, época em que houve mudança na administração.

“Assumimos em julho, e desde então conseguimos pagar os salários em dia. Mas o mês anterior ficou para trás”, relata. Segundo Weber, na época foram quitados apenas os vencimentos dos profissionais que se desligaram da instituição.

Desde então, foram estabelecidas medidas de contenção de despesas e uma série de ações junto à comunidade para incrementar a receita. Entre elas, estão parcerias com empresas, que chegam a doar até 30% dos lucros, e promoções de jantares, bingos e rifas.

“Os recursos seriam utilizados para pagar os salários atrasados, mas com a redução nos repasses tivemos que utilizar na manutenção do serviço”, assegura. O administrador afirma que os funcionários compreendem a situação e estão cientes dos problemas enfrentados pela instituição.

Regras do empréstimo

O modelo para a tomada de crédito será apresentado hoje pelo governo do Estado. Alessandro Weber adianta que os empréstimos serão retirados em nome das casas de saúde. As parcelas começam a ser pagas pelas instituições em janeiro.

O Estado assegura o acréscimo de aditivos nos contratos de custeio para cobrir o custo das parcelas, também a partir de janeiro. Diante da ausência de repasses prometidos para este ano, o administrador admite que operação representa risco.

“Na pior das hipóteses, se o Estado não fizer os repasses, teremos que pagar os juros subsidiados, que são menores em relação ao mercado”, adverte. Mesmo assim, acredita que o governo honrará os compromissos, com base no planejamento apresentado aos administradores no anúncio da medida.

A quitação do financiamento será em 36 parcelas e deve ser concluída em dezembro de 2018.

Dívida de R$ 210 milhões

O governador José Ivo Sartori anunciou na segunda feira o afiançamento de contratação de linhas de créditos aos hospitais filantrópicos. O valor dos empréstimos avalizados soma R$ 210 milhões, correspondente à divida do governo com as instituições.

Desse total, R$ 150 milhões são referentes a repasses que não foram feitos em 2014, e R$ 60 milhões de pendências deste ano. Os 245 hospitais filantrópicos devem estar com os recursos em caixa em até 40 dias.

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