Associação pede alargamento da Benjamin

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Associação pede alargamento da Benjamin

Solicitação entregue ao Executivo prevê mudanças em trecho no bairro Montanha

Lajeado

Lajeado – A tranqueira ocasionada pelo movimento intenso de veículos nos horários de pico provoca mobilização no Montanha. Pedido entregue pela Associação de Moradores do bairro ao governo, na quarta-feira da semana passada, prevê o alargamento da av. Benjamin Constant no trecho entre o Corpo de Bombeiros até o início da nova duplicação.

Crédito: Estevão HeislerA necessidade de ajustes no percurso é discutida pela comunidade faz anos. Integrantes da associação decidiram oficializar o requerimento depois de surgirem informações de que o estacionamento seria restringido na avenida para amenizar os transtornos decorrentes do trânsito. A entidade repudiou a proposta.

O assunto foi levado pelo grupo ao gabinete de Luís Fernando Schmidt. Participou ainda o vice-prefeito, Vilson Jacques. Mas o diálogo acabou frustrando líderes do bairro. “Simplesmente nos disseram não haver dinheiro no momento e, por isso, não poderiam atender a demanda”, aponta a presidente da associação, Neli Ariotti Cereza.

Comerciante do bairro, Arminio Pessi, corrobora a posição de Neli. De acordo com o empresário, não há necessidade de as obras de alargamento da via começarem de forma imediata. No entanto, cita ser imprescindível que o município desenvolva estudos sobre a viabilidade da proposta.

Na opinião de Pessi, o governo precisa debater de forma individual com proprietários de terras no trecho para encontrar a melhor alternativa de viabilizar as melhorias. Há peculiaridades em cada quadra que devem ser levadas em conta, observa o empresário.

Avaliação semelhante faz o comerciante Cláudio Zago. Para ele, a administração municipal pode começar a implementar mudanças aos poucos no percurso. “Pelo menos iniciar os estudos, de como colocar esse alargamento em prática. Porque depois só vai.”

Segundo moradores e empresários do bairro Montanha, o trânsito local está em condições críticas. Zago relata que nos horários de maior movimento chega a esperar mais de dez minutos apenas para conseguir ingressar do estacionamento da loja na avenida.

“E a situação tende a piorar”, observa ao citar os planos dos governos de utilizar a Benjamin Constant como desafogo ao fluxo de veículos que liga bairros ao centro. Quanto maior for a demora na busca por soluções ao trecho, ressalta, pior ficará a condição no Montanha.

Mudanças a longo prazo

Legislação instituição na década de 80 proíbe construções a menos de 15 metros do eixo central da av. Benjamin Constant, relatam moradores. Desde então, todas as edificações passaram a ser feitas a possibilitar futuro alargamento da via.

Restaram, contudo, prédios anteriores à norma. Nesse caso, o município precisaria indenizar os proprietários para conseguir a ampliação. “Mas não temos dinheiro reservado para isso no momento. É uma questão a longo prazo”, estipula o secretário de Obras, Adi Cerutti.

De acordo com o secretário, o alargamento da Benjamin é algo que ocorrerá com o tempo. Na medida em que as antigas edificações forem alteradas, observa, deverão ser ajustadas dentro da nova legislação. Assim, facilitando a implantação das propostas da comunidade.

Mas tudo ainda depende de maior análise do governo, destaca Cerutti. “Temos essa alternativa de adequar os terrenos e deixar o recuo. Ou então precisaremos partir para indenizações.”

Fique atento

– O que solicita a associação: alargamento da av. Benjamin Constant entre o Corpo de Bombeiros e o início da nova duplicação, no bairro Montanha.

– Argumentos: a via serve de importante ligação do centro com bairros. Em virtude do intenso movimento, há congestionamentos nos horários de pico.

Resposta do governo: não há dinheiro previsto. Mudanças serão feitas a longo prazo. Prédios antigos, dentro da área a ser ampliada da via, atenderão a novos perímetros quando forem reformados ou modificados.

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