Comitê reivindica melhorias na praça

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Comitê reivindica melhorias na praça

Abaixo-assinado com 2,4 mil adesões solicita investimento da administração

Lajeado – Documento reivindicando uma série de melhorias estruturais para a Praça Marechal Floriano, a Praça da Matriz, foi protocolado ontem. O Comitê Gestor do Plano de Revitalização do Centro Histórico mobilizou a população recolhendo mais de 2,4 mil assinaturas, que foram anexadas ao pedido.

Crédito: Anderson LopesDe acordo com o presidente do Comitê, Ítalo Reali, a demanda por melhorias no local é antiga, e o poder público vem ignorando a situação. Ele direciona críticas aos parlamentares da cidade. “Já faz mais de três anos que estamos buscando melhorias, e nenhum vereador se manifestou em nosso favor”, relata.

As promessas de melhorias no local, diz Reali, foram feitas no início deste ano. Em matéria publicada pelo A Hora, na edição de 4 de fevereiro, o Executivo havia se comprometido a “reabitar” a praça. Um projeto desenvolvido pela Secretaria de Agricultura e Urbanismo (Saurb), previa a construção de um quiosque gastronômico no local.

A estimativa da Saurb era de investir até R$ 50 mil na construção do complexo e nas demais modificações do local, que deveriam ser executadas até o primeiro semestre de 2015. O secretário, Ricardo Giovanella, esclarece que o setor passou por uma reorganização orçamentária, feita em decorrência da crise financeira atual, e que problemas nos repasses de verbas federais e estaduais impossibilitaram a execução das obras. “Como houve essa questão de atrasos e redução de repasses, nós precisamos esperar”, comenta.

Renovações devem ser feitas até o fim do ano

Giovanella afirma que a Saurb apoia a participação popular proposta pela iniciativa do Comitê, e diz que a decisão sobre qual será o futuro da praça ocorre ainda neste mês. “A partir daí teremos a real noção de o que fazer no local, mas com certeza uma reforma será feita até o fim do ano, só que ainda não sabemos qual será a proporção da obra.”

A praça ocupada

Para Reali, as melhorias começam com a ocupação dos locais públicos, como o Arte na Praça. O evento reuniu cerca de 2,5 mil pessoas. A atividade foi organizada pelo Comitê Gestor, por acadêmicos do curso de Comunicação Social da Univates e contou com a participação de um grupo de produção cultural que leva o mesmo nome do evento. Mais de 60 artesões expuseram os trabalhos e houve ainda a apresentação de bandas e artistas locais. Muitas das assinaturas anexadas ao documento encaminhado ao Executivo foram recolhidas nessa ocasião. “A população quer a praça como era antigamente, e nesse dia eles se deram conta de que não é tão difícil, basta boa vontade”, comenta.

Mais segurança

Consumo de drogas e álcool são problemas recorrentes no local, além de uma série de situações que afastam as pessoas do local. Em matéria do A Hora, de 1o, 2 e 3 de fevereiro de 2013, foram divulgadas fotos que mostram uma mulher andando nua pela praça após brigar com o companheiro.

Casos de depredação são comuns, o que torna a manutenção ainda mais difícil. Melhorias na segurança do local, um dos pontos levantados pelo Comitê, também fazem parte das promessas da Saurb. “O que estamos tentando fazer é viabilizar uma alternativa para que a praça se torne mais segura, como colocar um guarda no local”, pondera Giovanella.

População prioriza segurança

O que você acha que deveria ser feito para um melhor aproveitamento da praça?

Jaci Rodrigues, 32,

chapista de uma lancheria

A segurança é o principal. O pessoal que fica bebendo ou se drogando nos aborda até dentro dos banheiros. Trabalho das 9h até as 18h e digo que dá pra ver muita coisa. Isso é um problema das autoridades, porque nós trabalhando e pagando impostos já fazemos a nossa parte.”

Diego Capitanio, 33

Proprietário de lancheria

A coisa mais importante é a segurança. Mesmo tendo o CRPO ali do lado. Ver gente usando drogas já virou normal. Não da mais pra trazer as crianças, muita gente tem medo.”

Dulce Rezende,

Proprietária de um brechó

A polícia quase não passa por aqui. É tanta coisa que poderia ser feita, que é difícil pensar no que é mais importante, mas no fim das contas ninguém cuida.”

Felipe Agnes, 36, taxista

Primeiro uma reforma nos banheiros. A limpeza em geral também é um problema, a prefeitura vem aqui, só limpa o que quer e vai embora. E também tem o problema dos bêbados e drogados. Como é que tu vai trazer os filhos em um lugar assim?”

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