Manifestação cobra redução dos salários

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Manifestação cobra redução dos salários

Vencimento dos vereadores é considerado elevado por integrantes do movimento

Lajeado – Mesmo coincidindo com uma série de protestos que ocorreram em todo o país nesse domingo, 16, a manifestação que levou centenas de pessoas às ruas de Lajeado trouxe reivindicações para o Executivo e Legislativo local. Além das 13 propostas, apresentadas em uma lista elaborada por representantes do grupo, novos assuntos foram abordados.

Crédito: Carlos Eduardo LopesA concentração começou às 15h no Parque dos Dick, com a leitura da carta com as propostas do movimento Vem pra Rua Nacional. Porém o destaque ficou a cargo das reclamações sobre a CPI do Lixo, irregularidades no serviço da Stacione e excesso de contratos emergenciais firmados pelo Executivo.

A caminhada iniciou na rua Santos filho, fazendo uma primeira parada na av. Benjamim Constant, em frente da câmara de vereadores. Nesse momento, as pessoas foram convidadas a participar das sessões plenárias da câmara e cobrar os resultados da CPI. Além disso, uma lista com os nomes do vereadores que votaram a favor da investigação, e depois retiraram o apoio foi exposta aos presentes. De acordo com um dos coordenadores do movimento, Douglas Sandri, 24, o objetivo era reforçar o caráter apartidário do ato. “Todos serão lembrados independente da legenda”, frisa.

Os manifestantes foram até a rua Marechal Deodoro, passaram pela frente do Comando Regional de Policiamento Ostensivo (CRPO), contornaram a Praça da Matriz, e fizeram uma segunda parada na frente do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco. Nesse ponto do trajeto, o discurso dos representantes do grupo era direcionado às melhorias na rede de ensino público. Para Karla Enger Bertoglio, 46, professora, a educação e a conscientização social são cruciais. “Existem corruptos em todos os partidos. Não adianta derrubar a presidente se os outros também não mudarem de atitude”, pondera.

Por fim, a manifestação se deslocou pela rua Júlio de Castilhos onde o grupo cantou o Hino Rio-Grandense, e dez segundos de silêncio simbolizaram o posicionamento do prefeito Luís Fernando Schmidt diante dos questionamentos feitos pelo movimento.

O último ato se deu com a lavagem de parte da calçada da prefeitura, que representou a “limpeza política” reivindicada pelos manifestantes. Sandri esclarece que esse tipo de ação precisa ser complementada. Para ele, é necessário aumentar a participação das pessoas no ambiente político, com mais presença nas sessões da câmara de vereadores.

Salário é justo, diz vereador

Sobre a questão do salário, o presidente do Legislativo lajeadense, Carlos Ranzi, considera que a remuneração dos parlamentares é justa diante do trabalho desenvolvido.

Ele diz que os gastos da câmara com diárias, em 2015, foram mínimos, em função de alguns colegas custearem deslocamentos para outros municípios. “A nossa câmara é bem enxuta. Talvez por ganharem o que ganham, eles achem que não devem cobrar as diárias”, pondera.O subsídio mensal para os vereadores é de R$ 6,4 mil. Para o presidente, R$ 7,5 mil.

Com o surgimento de novas questões no grupo de manifestantes, e o aumento dos pontos básicos cobrados, o movimento pretende se reorganizar, e uma reunião deve ocorrer nesta semana. “Pretendemos pressionar os deputados para barrar o aumento de impostos”, comenta Sandri.

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