Lajeado – As articulações políticas visando as eleições municipais do próximo ano agitam os bastidores dos maiores partidos do município. No dia 19 deste mês, em reunião, o PDT oficializa a filiação do radialista Renato Worm.
Um dos líderes da sigla, o deputado Enio Bacci, garante que o lançamento do nome de Worm como um pré-candidato não significa rompimento automático da coligação que governa Lajeado hoje. “Ele pode ser um nome para prefeito ou para vice. Isso vai depender da forma que for negociada a composição.”
Alguns integrantes também defendem o nome do deputado para disputar a prefeitura de Lajeado em 2016. “O leque é amplo. Não podemos descartar nada. Vamos estudar a continuidade dentro da coligação com o PT, mas também avaliamos compor uma chapa com o próprio PP. Isso ainda está incerto.” Na opinião do parlamentar, é importante ter candidato às majoritárias, pois isso fortalece o partido.
Como ex-deputado federal, Bacci foi, por muitas vezes, crítico ao método de governo do PT. Em Lajeado, tem uma posição amena sobre as suspeitas de irregularidades em licitações. “Acompanho pela imprensa notícias ruins. Não tenho informações concretas para saber até que ponto essas denúncias são verdadeiras.”
Ele afirma que, caso haja confirmação de ilicitudes, o PDT se retira do governo atual. “Temos uma posição coerente com o que sempre defendemos. Estamos com a luz alerta ligada. Esperamos as decisões judiciais.”
O deputado estadual Bacci foi candidato a prefeito de Lajeado em 2004. Na ocasião, perdeu o pleito para Carmen Regina Cardoso (PP).
PT acredita em continuidade
Presidente do PT na cidade, o suplente de vereador, Ricardo Ewald, confirma o trabalho do partido para reeleição do prefeito Luís Fernando Schmidt. Segundo ele, foi formado um grupo de trabalho para debater estratégias às eleições.
Há cerca de dois meses, os integrantes tiveram uma reunião com líderes dos nove partidos que compõem a coligação. “Praticamente todos confirmaram a permanência no projeto que governa a cidade.” Segundo ele, em um primeiro momento, a majoritária mantém Vilson Jacques como vice. “Temos a informação que todos estão satisfeitos. Não há por que se aventurar em outro conjunto para concorrer contra o prefeito Schmidt.”
PMDB quer candidato próprio
Atual presidente do partido na cidade, Celso Cervi, espera até o dia 29 para determinar a posição da sigla. Na data, ocorre a eleição dos coordenadores, ao que tudo indica, Cervi permanece à frente do diretório.
Segundo ele, a prioridade é manter a coligação com o PT, mas invertendo a composição da chapa. “Queremos que o PMDB encabece e o PT integre com um nome para vice-prefeito.” De acordo com ele, após a eleição deste mês, o partido iniciará o diálogo com o PTpara definir os nomes para a disputa das eleições de 2016.
PP estuda no mínimo cinco nomes
Partido que governou Lajeado por 16 anos consecutivos, o PP avalia diversos nomes como pré-candidatos. Além do vereador Waldir Gisch, e do ex-prefeito e advogado Cláudio Schumacher, o ex-prefeito de Fazenda Vilanova José Censi e o ex-secretário no governo Carmen Regina, Isidoro Fornari estão entre os nomes cotados para serem pré-candidatos ao Executivo em 2016.
Os progressistas tentam filiar o radialista Paulo Rogério para ser candidato à majoritária. “Ainda é muito cedo para qualquer definição”, frisa o presidente progressista na cidade, Isidoro Fornari. De acordo com ele, estão ocorrendo reuniões entre a equipe diretiva para elaboração da estratégia do partido para o próximo pleito.
Um dos principais líderes do PP, o ex-prefeito Schumacher ressalta a importância de ter Paulo Rogério como integrante do partido. “É um nome de respeito que o PP tenta filiar há muito tempo.”
PSDB tenta reestruturação
O empresário Ito Lanius voltou ao PSDB e participa da remodelagem da sigla. Segundo ele, em um primeiro momento, o objetivo é fortalecer a sigla. Em seguida, organizar os integrantes para trabalhar pela candidatura de Lanius, atual presidente da Câmara da Indústria e Comércios (CIC-VT).
Prazo de um ano
De acordo com a Lei das Eleições, pré-candidatos têm de cumprir algumas obrigações para concorrer, entre elas, provar que têm a filiação partidária e o domicílio eleitoral com pelo menos um ano de antecedência das eleições. Esse também é o prazo para que um novo partido obtenha o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A Constituição Federal (artigo 16) determina que qualquer lei que altere o processo eleitoral deve entrar em vigor pelo menos um ano antes para ser aplicada a determinado pleito.
