Lajeado – A construtora Imojel promove o 1º Feirão do Imóvel, nestes sábado e domingo, com mais de mil ofertas de terrenos, condomínios e apartamentos. As opções incluem imóveis comerciais e residenciais prontos, em construção ou em fase de lançamento.
Dez construtoras e 24 imobiliárias mostram as opções de investimento por meio de maquetes, no Ginásio Professor Nelson Brancher, o “Claudião”. O atendimento é das 8h às 17h, sem intervalo.
Segundo o sindicato das imobiliárias (Secovi-RS), a construção acelerada nos últimos anos, motivada pela recente euforia do setor, resultou em estoque até 45% maior do que o disponível há cinco anos. Assim, mais oferta no mercado incentiva as promoções.
As novidades são os descontos de até 20% no preço de terrenos em loteamentos, para o orçamento do cliente se encaixar no Programa Minha Casa Minha Vida, da Caixa Econômica Federal (CEF). A modalidade vai até R$ 115 mil. O cliente poderá comprar o terreno e e escolher a casa com a construtora.
Algumas empresas também acenam com descontos em casas e apartamentos. Corretores levarão os interessados de carro até os imóveis. O contrato pode ser formalizado no ato, assim como a simulação do financiamento.
De acordo com o gerente de vendas Moisés Simsen, os interessados poderão esclarecer dúvidas sobre todos os tipos de imóveis, ver como funcionam os programas de financiamento. “Essa tranquilidade é mais difícil durante a semana, quando os casais não têm tempo de se reunir para procurar ofertas”, diz. Para simulação de financiamento ou assinatura de contrato, os interessados devem trazer documentos pessoais e comprovantes de renda e residência.
Segundo Simsen, o evento também é a oportunidade para investidores, com descontos à vista. Imóveis nos bairros Conventos, Montanha e São Bento surgem com potencial de valorização.
Preços se estabilizam
Segundo o economista da Fundação de Economia e Estatística do Estado (FEE), Augusto Pinho de Bem, os preços do setor imobiliário estão se estabilizando. Segundo ele, entre 2008 e 2013, os imóveis encareceram cerca de 70% acima da inflação, o que não deve se repetir.
O preço médio do metro quadrado dos imóveis teve queda real de 4,45% no primeiro semestre no país, segundo o Índice FipeZap. Porto Alegre registrou aumento de 2,1% nos primeiros seis meses, abaixo da inflação do período.
Crédito federal
Após um período de menor oferta de crédito entre 2014 e o início deste ano, o governo reforça a linha de financiamento por meio do FGTS.
A CEF liberou R$ 4 bilhões. A modalidade financia até 85% de imóveis, com prazo máximo de 30 anos para pagar. As taxas efetivas de juros variam de 7,85% a 8,85% ao ano.
Na semana passada, o Banco do Brasil anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para a modalidade de crédito. O banco financiará até 90% do valor dos imóveis.
Em ambos os casos, o preço da unidade financiada não pode passar de R$ 400 mil. Para ter acesso ao financiamento, o trabalhador deve ter contribuído ao FGTS, por no mínimo 36 meses, consecutivos ou não.
Oportunidade para o cliente
O sentimento geral de dúvida quanto ao comportamento da economia brasileira em um curto prazo preocupa a população quanto ao comprometimento dos rendimentos com financiamentos a longo prazo, afirma o economista Carlos Menta Giasson. “Isso somado a um processo já esperado de redução na demanda por imóveis faz com que as empresas do setor tenham muito mais dificuldades para fechar vendas em 2015.”
Como a clientela está mais escassa, diz, uma das formas de atrair o cliente e convencê-lo a comprar é oferecer descontos e vantagens no negócio, e isso se converte em oportunidades para quem tem condições de fazer esse tipo de investimento.
Prazos estendidos, entradas menores, descontos, melhor avaliação de bens dados como parte do pagamento são algumas das vantagens que os clientes podem esperar, relata o economista. “A balança está pendendo para o lado do consumidor.”
Uma das grandes vantagens dos feirões, segundo Giasson, é o acesso fácil às diversas opções do mercado em um único local, sem a necessidade de procurar em várias imobiliárias para conhecer os imóveis disponíveis.
No entanto, ele alerta para as famílias não comprometerem mais do que 30% da sua renda com os financiamentos. “É importante prestar atenção aos juros cobrados também, pois as taxas não estão mais tão vantajosas como antes.”
Quem for comprar imóveis para investimento deve considerar que é um bem de baixa liquidez, buscando diversificar seus investimentos em outras opções também.
