Vale do Taquari – As propostas a serem colocadas em votação na Consulta Popular deste ano, marcada para o dia 19, são definidas em evento nesta segunda-feira. A formatação da cédula, a qual reunirá dez projetos em três áreas distintas, ocorre a partir das 16h no auditório do prédio 11 da Univates, em Lajeado.
Chamado Fórum Regional da Consulta Popular, o encontro reúne delegados e integrantes da Assembleia do Conselho do Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat). Ainda nessa sexta-feira, eram reunidas as prioridades elencadas de forma individual pelos 36 municípios. Cada um pôde apresentar até cinco propostas.
A cédula de votação terá dez projetos e cada eleitor votará em até quatro. De acordo com a presidente do Codevat, Cíntia Agostini, a região receberá R$ 1,5 milhão, autorizados pelo governo gaúcho.
Dois projetos serão elencados nesta segunda-feira para a saúde. Apenas o mais votado deles receberá os R$ 502 mil estipulados para a área. Mesma situação ocorre com a educação, aponta Cíntia: serão R$ 502 mil para apenas uma das duas propostas listadas pelo fórum da Consulta Popular.
Outros seis serão colocados à disposição da sociedade nas áreas de ciência e tecnologia, e agricultura. Entre eles, avalia a presidente do Codevat, voltados a arranjos produtivos locais, polos tecnológicos, Uergs, cadeia leiteira, agroindústrias, fruticultura e água/irrigação.
Desses seis, o mais votado ou os mais votados no dia 19 receberem R$ 502 mil. “Se o valor do projeto mais votado não atingir o total do recurso, poderemos colocar em prática os outros dois escolhidos pela comunidade, até o limite do valor destinado”, observa Cíntia.
A presidente do conselho manifesta frustração com a quantia estipulada pelo governo estadual para esta edição da Consulta Popular. Na última realização, foram R$ 7 milhões para projetos do Vale do Taquari, queda de quase 79%. “Não haverá dinheiro suficiente para todos os municípios”, adianta. Como o valor é pequeno, a meta é regionalizar os
projetos.
Dificuldade de acordo
A edição 2015 foi confirmada apenas no dia 9 de julho, após discussões na Comissão da Consulta Popular e debate na Assembleia dos Coredes, em Porto Alegre. O principal entrave era sobre o valor elencado para todo o estado. Na vez passada, foram R$ 200 milhões e neste ano caiu para R$ 60 milhões.
Apesar disso, enaltece Cíntia, decidiu-se manter a consulta por dois motivos. O primeiro, por se tratar de um processo popular realizado há 18 anos. “Tem uma história. Se abrirmos mão agora, será difícil retomar depois.”
Outra consideração foi sobre a destinação dos recursos. De acordo com a presidente do Codevat, se a sociedade não escolher quais áreas devem receber os investimentos, a opção ficaria a cargo do governo. Assim, o Vale do Taquari, por exemplo, ficaria sem garantias. “Pelo menos conseguimos R$ 1,5 milhão.”
Última sequer foi paga
Uma das condições exigidas pelos Coredes ao governo, para iniciar o processo desta edição da consulta, foi o pagamento de, pelo menos, parte da última consulta. O Estado se comprometeu a repassar ainda neste ano R$ 60 milhões dos R$ 200 milhões.
Do montante, R$ 10 milhões foram pagos e outros R$ 17 milhões estariam na iminência de serem destinados às regiões. Mesmo diante da crise financeira instaurada no Executivo gaúcho, os conselhos acreditam que o governo terá condições para cumprir com o acordado.
Fique atento
Cédula será definida nesta segunda-feira. Evento ocorre às 16h na Univates.
Votação da Consulta Popular ocorre dia 19 , de forma presencial nos municípios e na internet.
Serão R$ 1,5 milhão para o Vale: R$ 502 para a saúde, R$ 502 mil para a educação e o restante para as áreas de ciência e tecnologia e agricultura.