Congresso destaca programas leiteiros

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Congresso destaca programas leiteiros

Concurso estadual premia políticas de apoio à produção de Encantado e Arroio do Meio

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Estado – A disseminação de políticas públicas municipais voltadas ao aprimoramento da cadeia leiteira motiva concurso estadual. Chamado Município Amigo do Leito, o prêmio homenageia ações desenvolvidas por dez cidades gaúchas, entre elas, Encantado e Arroio do Meio. A distinção ocorre às 9h de hoje, no Centro de Convenções da Fiergs, em Porto Alegre, e integra a programação do 13º Congresso Internacional do Leite.

Crédito: Arquivo A HoraForam inscritos 47 projetos. Composta por dez integrantes, a equipe de avaliação é formada por representantes da Embrapa, Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Instituto Gaúcho do Leite (IGL), Emater e Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL). Como critérios de escolha, foram considerados: apresentação, resultados, aplicabilidade, inovação e conteúdo.

De acordo com a Famurs, os dez finalistas são agraciados com certificados. Entre eles, três vencedores recebem troféus. Além dos dois municípios da região, integram o grupo: Benjamin Constant do Sul, Boa Vista do Cadeado, Carlos Barbosa, Chapada, Fagundes Varela, Três Passos, Nova Candelária e Guaporé.

Esta é a primeira edição do congresso internacional no estado, o sétimo brasileiro e sediar o evento. Participam representantes de países das Américas, Europa e Oceania, entre eles, produtores, donos de indústrias, traders, distribuidores, prestadores de serviços, ofertadores de insumos, pesquisadores, estudantes e tomadores de decisão de organizações privadas e instituições públicas.

A programação conta com temas como: mercado global, sucessão familiar, automação produtiva, novos produtos industriais, inovação, assistência técnica e extensão rural, debatidos por especialistas nacionais e internacionais. O congresso busca discutir a sustentabilidade e competitividade da atividade leiteira no Brasil, visando o aumento da lucratividade no setor e a elaboração de uma agenda de políticas públicas para o fortalecimento da cadeia produtiva do leite.

Porque arroio do meio e encantado

Sanidade animal

Arroio do Meio, projeto-piloto de sanidade animal. Lançado em 2009 em parceria com a promotoria da comarca, da qual participam mais seis cidades, busca o controle e erradicação da brucelose e tuberculose nas propriedades rurais. Serviu, inclusive, de base para plano estadual.

Segundo o secretário da Agricultura, Paulo Heck, em 2010 havia 1.030 propriedades no município, sendo apenas uma certificada. Desde então, foram sacrificados 450 animais e investidos R$ 1,5 milhão por parte do governo – valor correspondente a 60% do custo total. O restante foi pago pelos produtores.

As ações surtiram efeito. Hoje 371 propriedades estão certificadas, outras 245 na condição de controladas e 168 em busca do status. De acordo com Heck, o programa consiste em uma varredura nas propriedades. No primeiro ano, são feitos três testes. Se houver um animal contaminado, ele será sacrificado. Diante disso, novos exames possibilitarão a certificação.

O programa terminou no fim do ano passado, mas lei criada pelo município possibilitou a continuidade dos investimentos em sanidade da bacia leiteira. Heck enaltece a importância do trabalho. “Além de ser uma questão de saúde pública, possibilita maiores lucros aos produtores.” Como exemplo, empresas pagam R$ um centavo e meio a mais pelo litro de leite onde há certificação.

Menor custo de produção

Encantado, programa de Unidades Referência. O secretário da Agricultura, André Boeri, e o prefeito, Paulo Costi, viajam a Porto Alegre hoje de manhã para divulgar os detalhes das ações desenvolvidas no município.

De acordo com Boeri, a proposta consiste na escolha de propriedades rurais para implantar unidades de referência. A de maior destaque, elenca o secretário, é o plantio de tifton destinado ao trato dos animais. “Uma cultura perene, sem muitos investimentos. A produção de leite acaba se tornando muito mais barata”, avalia.

O projeto entrou em prática em 2012. O município pretendia integrar 20 propriedades, no entanto, apenas 12 aderiram. Em cada uma, seria cultivado um hectare de tifton, a partir de um incentivo municipal de R$ 1,5 mil. A proposta foi bem aceita e, ao invés de um total de 12 hectares, foram 34.

Em virtude do interesse de novos produtores e dos resultados positivos obtidos com os testes, o governo pretende reeditar o programa. Conforme Boeri, mais propriedades serão abrangidas.

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