Nova pista da BR já apresenta problemas

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Nova pista da BR já apresenta problemas

Buracos foram fechados na semana passada. Pavimento tem pouco mais de 1 ano

Vale do Taquari

Vale do Taquari – Um ano e cinco meses depois do Dnit liberar os primeiros quilômetros da duplicação da BR-386, a nova pista construída entre 2010 e 2014 apresenta série de problemas. Na semana passada, dezenas de fissuras surgiram no asfalto. Operação tapa-buracos tentou amenizar as falhas, mas chuva de ontem trouxe de volta à tona as incorreções na rodovia federal.

Crédito: Anderson LopesAté o momento foram gastos R$ 167 milhões na obra. A duplicação do trecho de 33 quilômetros entre Tabaí e Estrela está 91% concluída. Pelo contrato firmado entre Dnit e o consórcio de empresas formadas pela Iccila, Ibage e Conpasul, o prazo era entregar todo o empreendimento até outubro de 2013.

As avarias foram registradas em diversos pontos do trecho duplicado de 22 quilômetros, liberado em duas etapas: 25 de fevereiro de 2014 e 19 de março de 2014. Alguns buracos surgiram nos últimos dias, principalmente na pista da direita, no sentido interior-capital. Desníveis e acúmulo de água também causam transtornos.

Na semana passada, alguns trechos ficaram completamente alagados. Um deles se localiza a cerca de 300 metros do Posto Rosinha, em Paverama. Lá, a água de um córrego e de um açude invadiu as quatro pistas durante algumas horas. Motoristas precisavam reduzir a velocidade para evitar aquaplanagens. Ontem, o problema não foi verificado.

A reportagem encaminhou questões ao Dnit e também ao consórcio. O departamento não respondeu aos questionamentos até o fim desta edição. Já a assessoria de imprensa da Conpasul se limitou a dizer que o assunto deve ser tratado diretamente com o órgão do governo federal ligado ao Ministério dos Transportes.

Orçada em R$ 184 milhões, a duplicação foi iniciada em 2010. São 22 quilômetros liberados. Outros sete estão em obras, e 1,8 aguardam por liberação do Ibama e da Funai. A previsão é concluir o empreendimento só em 2016.

Mais tráfego

Em fevereiro passado, reportagem divulgou a queda das receitas disponibilizadas pelo governo federal às empresas consorciadas. Na época, o Dnit informou que a diminuição no ritmo das obras ocorreu devido a uma nova contagem do tráfego de veículos realizada pela equipe da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com o departamento, a PRF teria verificado aumento no tráfego de veículos – principalmente caminhões – no trecho entre Lajeado e Tabaí. Apesar disso, o Dnit não confirmou se o problema causaria avarias nas pistas já liberadas. A previsão era normalizar o ritmo até março. Mas até o momento isso não ocorreu.

Vistoria da Funai

A avaliação das obras da nova aldeia indígena por parte da Funai ainda não foi finalizada. O Ministério Público Federal (MPF) pediu e a Justiça deferiu uma liminar limitando em 15 dias – a partir da semana passada – o prazo para a Fundação entregar o relatório da vistoria.

A procuradoria da República pede agilidade sob temor de uma invasão de índios de uma tribo de Faxinalzinho. Também cobra a realocação imediata das 29 famílias para as novas moradias. A construção dessa aldeia é condicionante da Funai e do Ibama para liberar as obras de duplicação da rodovia naquele trecho de 1,8 quilômetro entre Estrela e Bom Retiro do Sul.

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