Vale do Taquari – Dois acidentes de trânsito ocasionaram mortes na região, na sexta-feira. Em Muçum, a faxineira Norma Fátima Sartorio, 57, foi atropelada quando tentava cruzar a ERS-129, no Km 83. O fato aconteceu por volta das 7h.
A vítima se deslocava do bairro José Marcolin em direção ao centro, para trabalhar. Ao atravessar a terceira pista da rodovia, ela foi atingida pelo veículo Gol que transitava no sentido Muçum/Vespasiano Corrêa. Norma teria batido com a cabeça no para-brisa do carro.
Ela foi socorrida pelo Samu e levada ao Hospital Beneficente Santa Terezinha de Encantado, mas não resistiu as ferimentos. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o condutor do automóvel, de 20 anos, não se feriu. Também morador de Muçum, ele aceitou fazer o teste do etilômetro, o qual não indicou sinais de embriaguez.
O óbito reascende a preocupação municipal com a insegurança no trecho. Segundo o prefeito, Lourival Seixas, há mais de dez anos o Executivo aguarda por reformas nos trevos e acessos de bairros às margens da rodovia.
No início do ano, engenheiros da EGR vistoriaram o trevo principal da cidade e o acesso ao bairro José Marcolin. O município elaborou um anteprojeto à autarquia, na espera por melhorias. Entre as sugestões, estão o alargamento da via, colocação de tachões e ampliação da sinalização.
Mobilização sem resposta
A menos de dois quilômetros do local do acidente, há uma ponte que interliga Muçum a Encantado. Moradores bloquearam o trecho em março deste ano. Entre os pedidos por melhoria, esteve a construção de uma passarela lateral à ponte.
O trânsito ficou bloqueado por quase uma hora. Mais de 40 pessoas integraram a manifestação. O ato foi motivado após três pedestres ficarem feridas no trecho, no intervalo de dez dias. Uma das vítimas caiu da ponte e fraturou o fêmur ao cair no rio.
Na semana seguinte à manifestação, o município esteve na sede da EGR, em Porto Alegre, para reforçar os pedidos da comunidade. Até então, não há definições, assim como no acesso ao bairro José Marcolin.
Morte em Travesseiro
O outro acidente fatal, na sexta-feira, aconteceu na área urbana de Travesseiro. Era por volta das 6h45min, quando Renato Betti, 30, colidiu a motocicleta XR 250 na lateral de um caminhão.
A colisão foi na rua 20 de Março, no acesso à Linha São Luís, no centro. Morador da Vila Popular, Betti seguia para o trabalho quando teve a frente obstruída por um caminhão com placas de Coronel Pilar.
Segundo a polícia, o motociclista estava no sentido preferencial. A neblina e a escuridão podem ter prejudicado a visibilidade dos motoristas. Betti estava consciente e foi socorrido pela ambulância de Travesseiro. Levado ao hospital São José, de Arroio do Meio, ele teria morrido logo após a chegada.
O caminhoneiro, de 32 anos, não se feriu. Submetido ao teste do estilômetro, não indicou sinais de embriaguez.
