Acidente da BR-386 mata duas pessoas

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Acidente da BR-386 mata duas pessoas

Caminhoneiro teria perdido o controle antes de invadir pista contrária, diz PRF

Pouso Novo – Colisão entre um caminhão e um automóvel resultou em duas mortes e deixou uma mulher ferida ontem à tarde. Morreram Ronei Pacheco Neto, 45, natural de Belém (PA), e
Paulo Cesar Gomes Gonçalves, 56, de Santa Cruz do Sul. O choque aconteceu no quilômetro 304 da BR-386, entre Marques de Souza e Pouso Novo.

Anderson LopesNeto dirigia o caminhão quando, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), perdeu o controle em meio à descida da serra do Vale do Taquari, no sentido interior-capital. O veículo invadiu a faixa contrária. O Volvo tombou sobre o automóvel pilotado por Gonçalves e depois caiu no barranco.

Os dois motoristas morreram no momento do acidente. Uma outra passageira do Siena, identificada como Fátima Solani Ortiz da Silva, 46, foi levada em estado grave e consciente para o Hospital Bruno Born (HBB), em Lajeado. Os mortos foram encaminhados ao Departamento Médico Legal.

No local do acidente, há duas faixas em cada sentido da rodovia. Durante duas horas, só uma das pistas no sentido capital-interior foi interditada. O caminhão, carregado de ração animal, e o carro também se chocaram contra paredões ao lado da BR. Agentes da PRF, Samu, Corpo de Bombeiros e Brigada Militar (BM) atenderam o acidente.

Testemunha realça perigo do trecho

O agricultor Jorides Schmitt, 34, tratava os animais da propriedade quando ouviu o barulho de duas batidas. Logo imaginou que seria algum acidente na rodovia, distante 200 metros de onde reside.

Segundo ele, ao chegar no local, percebeu que um casal de Soledade auxiliava a mulher ferida. O casal estava logo atrás do veículo atingido e, ao ver o acidente, parou para prestar ajuda, conta. Com os estragos ocasionados pela batida, a caroneira Fátima não conseguia visualizar o motorista. “Para que ela não o visse morto, coloquei uma camisa limpa sobre ele”, diz.

A mulher, gravemente ferida, apresentava cortes na cabeça e chegou a conversar com as pessoas, de forma consciente. “Se ela fosse um pouco mais alta, as ferragens teriam acertado a cabeça dela.”

Schmitt conta que há três anos morreram quatro pessoas no mesmo local. Na época, o Celta e os ocupantes foram esmagados por um caminhão. “Em dez anos que moro aqui, foram mais de 20 mortes neste local”, lamenta.

Cena da tragédia

Marcas da carroceria ficaram despedaçadas no asfalto, arranhado por mais de 50 metros a pista. Rações preenchiam boa parte da valeta e davam um tom amarelado ao solo. O carro, esmagado, sem parte do teto. A cabine ficou dividida e dava para ver parte do motor. Peças dos veículos estavam por toda parte, entre a vegetação às margens da rodovia.

Ao ver os sacos de ração na pista, muitas pessoas que trafegavam pela rodovia pararam para pegar a carga. Um detalhe chamou a atenção. A frase no para-choque traseiro do caminhão estava escrito “Deus quis assim”.

Sete mortos em 2014

O dia 15 de janeiro está marcado por uma das piores tragédias registradas no trânsito gaúcho. No quilômetro 308 da BR-386, no fim da descida da serra, também em Pouso Novo, um caminhão perdeu o controle e atingiu três veículos. Dois deles incendiaram, matando seis pessoas. Cinco eram da mesma família e viajavam separadas em dois carros. Também morreram o motorista do caminhão e o condutor do terceiro automóvel.

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