A Sociedade de Assistência à Infância e à Adolescência (Saidan), responsável por abrigar menores em situação de vulnerabilidade, precisa de doações (veja lista abaixo). A demanda, maior no período de baixas temperaturas, cresceu ainda mais nas últimas semanas com o ingresso de quatro bebês.
O funcionamento da Saidan depende do repasse de verbas. O município de Lajeado custeia despesas como folha de pagamento e transporte. O governo federal, por meio do Comdica, envia quantia para compras no mercado. Além disto, a sociedade recebe certo valor da Univates, guardado para eventuais emergências, entre elas, médicas ou prejuízos causados por temporais.
Mas o dinheiro é insuficiente para cobrir todas as despesas, ressalta a coordenadora Rosana Christ Zagonel. Para a cobertura de custos excedentes, a instituição depende de doações e da captação de verbas em projetos exclusivos para a área.
De acordo com Rosana, quanto maior o auxílio da comunidade, melhores serão as condições de ajudar as crianças e os adolescentes. “Se ganharmos fraldas, por exemplo, poderemos pegar um pouco do dinheiro de reserva para investir na alimentação.”
A Saidan, situada no bairro Santo Antônio, existe desde 1953. O espaço concentra duas “Casas Lares”. Cada uma conta com a chamada “mãe social” e tem capacidade para receber dez menores de idade. No momento, o abrigo conta com 19 internos.
A internação depende de autorização do Ministério Público ou Judiciário. A medida é adotada quando se constata a incapacidade da família, mesmo que por período momentâneo, de cuidar daquela criança ou adolescente.
Segundo a coordenadora Rosana, os internos não estão para a adoção, exceto se houver alguma decisão do Judiciário sobre determinado caso. Em regra, os abrigados permanecem sob o zelo da sociedade até que família se recomponha ou algum parente manifeste o interesse de assumir a responsabilidade.
Projeto garante oficinas
Há pouco mais de um mês, a Saidan foi contemplada com o Projeto João de Barro, do Instituto Elisabetha Randon, destinado para crianças com mais de 6 anos. Por meio dele, a instituição recebe recursos para a contratação de um professor de Música, uma pedagoga e uma assistente social.
A assinatura ocorreu no dia 5 de maio e as aulas começaram na semana seguinte. As oficinas são diárias. “Tínhamos os instrumentos musicais, todos parados. Foi uma alegria imensa ver as crianças aprendendo com eles outra vez”, ressalta Rosana.
O projeto tem duração de nove meses e a Saidan pretende expandi-lo para demais crianças do bairro Santo Antônio. Neste meio-tempo, a instituição se inscreverá em outros editais e, assim, quando o João de Barro acabar, poderá continuar oferecendo oficinas diferenciadas.
Saiba como ajudar
• Produtos de higiene pessoal
• Colchões de solteiro
• Travesseiros
• Lençóis
• Cobertores
• Toalhas de banho e rosto
• Fraldas nos tamanhos M, G ou XG
• Carrinho de bebê.
Interessados podem entregar os itens na Saidan, no Santo Antônio, ou contatar pelos 3714-1119, 3748-0003 ou 9714-6419. A instituição se dispõe a buscar as doações.