Insegurança na praça mobiliza colégio

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Insegurança na praça mobiliza colégio

Comunidade escolar cobra auxílio de órgãos públicos para afastar criminosos

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Lajeado – O desuso da Praça da Matriz, um dos principais pontos turístico da cidade, provoca transtornos. Não apenas para moradores e comerciantes, em especial para a rotina do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco (Castelinho). Sem atenção do poder público, a área de lazer se torna ambiente propício a brigas, assaltos e ao consumo de drogas e bebidas alcoólicas.

Estevão HeislerA apreensão da comunidade escolar foi externada pela Coordenadoria Regional da Educação (3ª CRE), em reunião com o Conselho Municipal de Segurança, nesta semana. Coordenadora-adjunta, Greicy Weschenfelder relata que a praça tem sido a porta de entrada e saída aos principais problemas da instituição.

Entre eles, a evasão escolar, pois a área de lazer se torna um ambiente atrativo para alguns adolescentes. “Os estudantes têm a alternativa de permanecer em um local onde pessoas estão bebendo ou então entrar no colégio e estudar. É uma competição injusta.” Neste sentido, avalia a coordenadora-adjunta, os alunos também ficam suscetíveis a outras questões graves, como a drogadição.

Dentro da instituição, reforça a diretora Evenize da Costa Pires, educadores e demais servidores acompanham os adolescentes de forma direta. Descarta a existência de tráfico de drogas, mas reconhece a possibilidade de eventuais consumos de entorpecentes. “Tal problema, ressalta, não é exclusividade do Castelinho. Mas a situação está sob controle na escola. Os próprios alunos denunciam esse tipo de situação e não temos registros recentes disso.”

O grande problema, enfatiza a diretora, está da porta para fora. Prova disto que nas últimas semanas alunos foram assaltados nas imediações da praça e tiveram os celulares roubados durante a tarde. A situação deixa docentes, funcionários, estudantes e pais inseguros. Eles chegaram a mudar a logística ao sair do Castelinho com medo dos assaltantes.

De acordo com Evenize, a situação da área de lazer também é capaz de potencializar problemas. Como exemplo, cita um pequeno desentendimento que começa na sala de aula e, na praça, acaba se tornando muito maior. Houve casos de grupos de outros colégios que aguardavam no local o término das aulas para brigar. No entanto, todas as situações foram contornadas até então.

Solução conjunta

Para a comunidade escolar, medidas urgentes são necessárias no sentido de prevenir que o problema se agrave. Direção do Castelinho e 3ª CRE pedem auxílio de órgãos públicos para tornar a praça, outra vez, um ambiente adequado para a circulação de crianças e adolescentes. “Também é um desejo da comunidade, pois até poucos anos eventos muito bons eram feitos no local. Hoje isso não ocorre mais”, observa a coordenadora-adjunta Greicy.

Presidente do conselho e secretário de Segurança Pública e Cidadania do município, Gerson Teixeira, pretende levar o assunto a outras secretarias de Lajeado. De acordo com ele, uma das melhores opções para afugentar criminosos do perímetro é promover eventos de forma seguida na Praça da Matriz, como apresentações e exposições.

A Brigada Militar (BM) não estava a par dos recentes assaltos, visto que as vítimas não registraram ocorrência policial. Diante da manifestação da comunidade escolar sobre os problemas, a resposta foi imediata. Desde quinta-feira (dia seguinte à reunião), o policiamento de Lajeado faz operação nos horários de entrada e saída dos transportes escolares. O efetivo é concentrado na praça.

Comandante da BM na cidade, capitão Luciano Johann, ressalta a importância de as vítimas procurarem a polícia logo após o fato e informarem as características físicas do autor e a direção para onde foi. Desta forma, será possível prendê-lo. “Também é importante o registro da ocorrência para, em futuras prisões, o autor, se caso for identificado por vítimas de fatos anteriores, possa ser responsabilizado por aqueles fatos também.”

Ação semelhante ocorreu no fim de abril e no início de maio. Por dez dias, a BM fez abordagens na praça. No entanto, nenhum criminoso foi identificado. Havia no local, em especial, moradores de rua. Na ocasião, ofício foi encaminhado ao governo de Lajeado com o nome dos abordados e pedido de providências na área social e de saúde.

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