Ao invés de demolir, governo restaura prédio

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Ao invés de demolir, governo restaura prédio

Abandonado desde os anos 70, Hospital Teutônia Norte abrigará centro cultural

O antigo prédio do Hospital Teutônia Norte abrigará um centro cultural. Após vistoria nessa terça-feira de manhã, equipe de engenheiros e arquitetos foi unânime pela restauração do imóvel.

Crédito: Anderson LopesA proposta de demolir a edificação e construir outro imóvel foi descartada devido ao contexto histórico do hospital. O prédio de 509 metros quadrados está abandonado desde a década de 1970.

Há urgência na troca do telhado e forro, com riscos de cederem devido à ação do tempo. A infiltração ameaça comprometer lajes e as paredes de tijolos. Um ala precisa de reforços na estrutura para não ruir durante as obras. Mesmo com a colocação de trancas em algumas portas e janelas, a precariedade da construção facilita o acesso de vândalos.

Em regime de urgência, a troca do telhado deve ter recursos próprios do Executivo. De acordo com o secretário de Planejamento, Fabiano Eckel, uma das intenções de iniciar o trabalho é deixar o compromisso de continuidade das obras para a próxima gestão.

O primeiro passo é elaborar a planta baixa do prédio, com a metragem das repartições. O trabalho deve ser concluído em três semanas. Com a planta do prédio finalizada, o município cogita abrir concurso para arquitetos e engenheiros, para a elaboração de projetos para reforma e melhor utilização dos espaços. “Com a planta, os profissionais podem estudar soluções.” Uma das exigências será a manutenção da originalidade.

Após a entrega da planta baixa, haverá nova reunião entre os técnicos do município. O setor de engenharia montará um cronograma de obras com prazos. “Não pode ser demorado. A comunidade quer usar esse espaço”, afirma o secretário.

Com o projeto finalizado, o município buscará verbas no Estado e União. De acordo com o vice-prefeito Evandro Biondo, a administração municipal encaminhará propostas ao Ministério da Cultura e a parlamentares.

Relembre o caso

O hospital foi construído por Adolfo Horst. As atividades começaram em 1936.

Segundo moradores, um dos médicos foi preso durante o regime militar, o que afetou parte dos atendimentos. Em crise, nos anos 70, a instituição encerrou as atividades e colocou o prédio à venda.

Em 2014, o município conseguiu uma liminar, garantindo a posse da área. O Executivo depositou em juízo o valor de R$ 150 mil, de desapropriação.

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