Vereadora cobra devolução do dinheiro

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Vereadora cobra devolução do dinheiro

Presidente da Câmara defende prefeito e afirma que investimento foi por qualificação

Em meio à discussão sobre o projeto de lei do Plano Municipal de Educação (PME), a vereadora Lorena Hauschild (PR) pediu que o prefeito Carlos Rafael Malmann devolvesse o dinheiro público investido na conferência de Foz do Iguaçu, em abril. No evento, Mallmann recebeu Prêmio Juscelino Kubitschek, supostamente voltado aos 50 melhores prefeitos do país.

Crédito: Leonardo HeislerA conta de R$ 8,5 mil inclui hospedagem, troféu, palestras, alimentação e as passagens aéreas para Mallmann e o chefe de Gabinete, Cliver André Fiegenbaum. Em entrevista ao A Hora, o prefeito negou a compra, e disse que o dinheiro foi investido nas palestras do evento. “Tenho certeza que esse dinheiro será devolvido. Quando fazemos cursos, temos que tirar dinheiro do bolso”, disse a vereadora.

Lorena afirma receber todos os anos convites para prêmios, mas os descarta quando vê os valores cobrados. A vereadora pediu maior cuidado de agentes políticos sobre o tema a partir desse fato. “Não questiono se foi certo ou errado, mas temos que cuidar para não usarmos dinheiro público para recebermos troféus”.

Felipe Schossler (PPS) também afirmou ter sido procurado para vários prêmios, e discordou devido à cobrança. “O maior troféu é o voto e a confiança do povo.”

Presidente do Legislativo, ErnanideCastro(PMDB) defendeu o prefeito, e reafirmou que não houve compra de prêmio. “Além de buscar um troféu pelo merecido trabalho, foi fazer cursos para qualificar a gestão. Não há motivos para devolver o dinheiro”, disse.

Plano é aprovado

Com 20 metas para os próximos nove anos, o PME foi aprovado por unanimidade. As diretrizes preveem a melhoria da qualidade da educação, com erradicação do analfabetismo, universalização do atendimento e outros temas.

No entanto, vereadores se mostraram preocupados com a efetivação do plano. Para Vanderlei Eidelwein (PR), o plano valoriza a comunidade escolar. No entanto, o fato de não haver reprovação de alunos será um grande desafio.

Andreas Hamester (PP) lamentou a pouca adesão ao plano no país, e mostrou preocupação sobre a exigência da não reprovação. “A escola precisa estar equipada para isso dar certo.” Afirmou que esse trabalho será cumprido no Vale do Taquari, mas levantou dúvidas sobre o sucesso da medida no restante do país.

Paulo Floriano Scheeren (PPS) se mostrou preocupado quanto à falta de garantias de repasses do governo federal para o cumprimento do plano. A vereadora Lorena reforçou a ideia, ao lembrar que municípios estão sem os repasses do Mais Educação. Para Felipe Schossler (PPS), uma possível falta de recursos pode prejudicar ainda mais as finanças dos municípios. “Sempre sobra para o lado mais fraco.”

A cada dois anos, ao longo do período de vigência deste PME, o Conselho Municipal de Educação e a Secretaria de Educação acompanharão a evolução no cumprimento das metas.

Mobilidade

Paulo Roberto Birck (PTB) pediu atenção à questão da mobilidade urbana e acessibilidade nos prédios.

Segundo ele, prédios construídos há três anos foram aprovados sem haver acesso a deficientes físicos. “Isso não está sendo cobrado”, diz.

Também relatou problemas em calçadas. Disse haver diversas reclamações sobre o tema. O vereador pretende marcar reunião com entidades, na próxima semana, debater a escolha de um padrão no município.

Pedidos

Castro divulgou a campanha de doação de roupas, travesseiros e cobertores, em parceria com a secretaria de Habitação. Pede que os materiais sejam levados até a sede da câmara, para serem destinados a famílias carentes do município.

Schossler (PPS) iniciou debate sobre auxílio financeiro à Apae. Pediu que o Executivo estudasse um repasse a partir de 2016, com a inclusão no orçamento.

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