O município busca formas de reestruturar as repartições públicas. O financiamento firmado com a BNDES, no valor de R$ 700 mil, garantirá a construção do novo centro administrativo. A obra teve o projeto aprovado pelo Legislativo e deve iniciar em até 90 dias.
Na mês passado, o Executivo comprou parte do terreno situado aos fundos da atual prefeitura, na rua 4 de Julho, por R$ 97 mil. A área para o novo prédio soma 744 metros quadrados. “Projetamos um espaço mais moderno, com acessibilidade e adequado para a realização dos serviços ao público”, frisa o prefeito Vanderlei Markus.
Segundo ele, o município tem cerca de R$ 300 mil no orçamento destinado à contrapartida. O financiamento deve ser quitado em até quatro anos. De acordo com Markus, a licitação deve ser lançada nas próximas semanas, com ordem de serviço prevista para setembro ou outubro.
O complexo abrigará as secretarias da Administração, Indústria e Comércio, Gabinete e Educação. O prédio de um pavimento contará com cerca de 20 salas e um miniauditório, com espaço para 50 pessoas.
Entre as projeções futuras, a administração almeja a construção da sede da câmara de vereadores nos fundos do terreno, já cedido para o Legislativo. Na área lateral, também deve ser construída a escola estadual, que funciona em prédio alugado. Com o ocupação do trecho entre a rua 4 de Julho e a escola infantil, o município pretende expandir a urbanização central e transformar a rua Edmundo Dickel em avenida.
Destino do prédio antigo
A prefeitura está no mesmo prédio desde 1988, quando o município se emancipou de Taquari. A edificação pertenceu ao antigo banco rural, o qual atendia a maioria dos produtores.
Com paredes largas e resistentes, o prédio tem mais de sete décadas de história. Markus relata a necessidade de constantes reparos no assoalho, forro e telhado. Segundo o prefeito, falta espaço para atender a necessidade das secretarias e também para a realização de reuniões ou cerimônias.
“Por enquanto, está indefinido o que será feito no local”, declara. De acordo com ele, apenas depois de terminada a nova prefeitura e desocupado o prédio atual, o município fará uma audiência com a comunidade. Espera pela participação das pessoas, quanto à decisão de demolição ou reocupação.
Reforma das secretarias
Além da construção da parte administrativa, o município faz reparos nos prédios das demais secretarias. O local que abriga a Agricultura e Emater recebe reformas há cerca de 30 dias. São investidos R$ 30 mil para substituição de telhas, forro, pinturas interna e externa. O prédio foi construído na década de 1940, servindo de antiga sede da Brigada Militar.
O espaço da Secretaria da Saúde junto ao posto central, na rua Carlos Nicolau Dupondt, recebe ampliação. A construção de mais 235 metros quadrados garantirá mais três consultórios, sala administrativa, quarto coletivo com seis leitos, sala de descanso de funcionários, sala de curativo, depósito de equipamentos e sala de esterilização. O investimento passa de R$ 358 mil, com recursos federais.
Enquete
Depois da construção da nova prefeitura, você é a favor ou contra a demolição do prédio administrativo atual? Por quê?
“Sou a favor da manutenção. Porque é um prédio histórico e precisa ser conservado.” Irani Salvador, 61, aposentado
“Sou a favor da demolição. O prédio é velho, a cidade precisa de coisas novas, de inovação.” Beatriz de Souza Silva, 55, aposentada
“A favor da demolição. Se vão fazer novo, o que vão querer com um prédio que tem o teto caindo? Precisarão da frente para entrar no prédio (novo)” Círio da Silva, 48, comerciante
“Não devem demolir. É um prédio muito bonito, que conta a história da cidade.” Milda da Costa, 70, aposentada
