Sindicais manifestam contra ajuste fiscal

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Sindicais manifestam contra ajuste fiscal

Redução de benefícios e proposta que libera terceirizações motivam protestos no país

Vale do Taquari – O movimento sindical realiza hoje um dia de protestos. Ele é contra as medidas de ajuste fiscal do governo federal e também com relação ao projeto de terceirização, que tramita no Congresso.

 Thiago MauriqueEm Porto Alegre e nas demais capitais, a sexta-feira será de paralisação em diversos serviços. Em Lajeado, as escolas Presidente Castelo Branco e Érico Veríssimo não terão aulas.

Os sindicatos da região organizam um manifesto, que será divulgado nas ruas e lojas de Lajeado, Cruzeiro do Sul, Estrela, Arroio do Meio e Santa Clara do Sul. O panfleto trará informações sobre a PL 4.330, que pretende permitir que empresas terceirizem trabalhadores em todas as atividades.

O Cpers orienta os educadores a não comparecerem hoje às escolas. Porém a 3ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) enviou comunicado aos colégios para que mantenham as atividades, seguindo orientação da Secretaria de Educação.

Os professores participam de manifestações em Estrela, Lajeado e Cruzeiro do Sul. Os protestos começam às 8h, em Estrela. Os manifestantes se concentram às 8h, na Praça Mena Barretto, e fazem caminhada até a sede da 3ª CRE.

Às 10h, a categoria realiza ato em frente à escola Presidente Castelo Branco, em Lajeado. À tarde ocorre manifestação em Cruzeiro do Sul. A concentração será ao lado do campo do Cruzeiro, a partir das 16h.

Em Encantado, será realizado um Dia de Luta pela Uergs. Professores e membros da comunidade acadêmica darão um abraço simbólico na sede da instituição. A manifestação está marcada para as 19h.

Pacote anticrise

Além de críticas à União, o Cpers também se manifesta contrário às medidas de contenção de despesas adotadas pelo governo de José Ivo Sartori. O sindicato enviou nota de repúdio ao pacote anticrise que tramita na Assembleia Legislativa.

Segundo o sindicato, as medidas incluem cortes em benefícios como licenças-prêmio e funções gratificadas. “O governo do Estado alega crise, mas aumenta em 64% salários do Executivo e Legislativo enquanto educadores recebem 48% do Piso Nacional”, diz o texto. A categoria ainda reclama das ameaças de parcelamento e congelamento de salários.

O Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Simpro) também convocou paralisação, mas não tem números sobre a adesão no Vale do Taquari.

A maioria dos institutos federais de educação declarou greve para hoje. Porém a coordenação do Ifsul Lajeado afirma que os trabalhos seguem normalmente, uma vez que os servidores não estão sindicalizados.

Medidas do ajuste

O governo federal adotou no início do ano uma série de medidas para conter gastos. Entre elas estão maiores restrições para concessão de benefícios como o seguro-desemprego, auxílio-doença e pensão pós-morte. A União pretende economizar cerca de R$ 18 milhões por ano com as medidas.

A Fazenda ainda estipulou cortes de R$ 70 bilhões no orçamento, incluindo setores como Saúde, Educação e Infraestrutura. Só no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) serão economizados R$ 25,7 bilhões. O pacote também inclui aumento de impostos.

Palestra

O movimento sindical realizou evento na noite de ontem para tratar sobre o PL 4.330, que pretende permitir a terceirização de todas as atividades empresariais. O advogado trabalhista Jerson Zanchettin proferiu palestra sobre o tema.

Conforme Zanchettin, se for aprovada, a lei trará grandes prejuízos para a classe trabalhadora. “A proposta precariza as relações de trabalho”, afirma. Segundo ele, os terceirizados recebem menores salários e estão mais propensos a sofrer acidentes de trabalhos.

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