Quase 60% do grupo de risco foi vacinado

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Quase 60% do grupo de risco foi vacinado

Campanha de imunização contra gripe encerra sexta-feira. MS estuda prorrogação

Brendha, 3, recebeu ontem a vacina contra a gripe. Levada pela mãe, Liane Cristina da Rosa, 37, ela participa da campanha de vacinação pelo terceiro ano consecutivo. “Só não viemos antes ao posto de saúde porque ela estava um pouco gripada.” A menina integra a parcela de 59,3% das pessoas do grupo prioritário, que já foi imunizada na região.

Crédito: Renata AgostiniAo todo, a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) distribuiu 90 mil doses desde o início do mês. A vacina é trivalente, ao oferecer imunização contra os vírus Influenza B, H1N1 (gripe A) e H3N2. Pesquisas do Ministério da Saúde (MS) comprovam que a aplicação da dose pode reduzir até 45% o número de hospitalizações por pneumonias e até 75% a mortalidade por complicações da influenza.

Segundo a enfermeira da 16ª CRS, Inge Storck dos Passos, a maior procura pelas doses ocorreu na primeira semana. Em pelo menos 23 cidades, as vacinas iniciais esgotaram em dois dias de campanha. “A falta inicial fez com que as pessoas procurassem os postos mais cedo”, salienta.

Mesmo assim, Inge espera pelo cumprimento da meta estabelecida pelo país de imunizar pelo menos 80% das pessoas dos grupos de risco. Por enquanto, o MS não se posicionou quanto à prorrogação da campanha ou abertura de vacinação para todas as pessoas.

Uma decisão deve ser divulgada entre sexta e terça-feira. Apenas com a autorização nacional, as cidades poderão liberar a aplicação das doses para pessoas fora do grupo prioritário. Por enquanto, a 16ª CRS mantém duas mil vacinas na reserva para nova distribuição conforme necessário.

O índice regional de imunização supera os números nacionais. Em todo o país, menos de 30% do grupo prioritário se vacinou. De 39,7 milhões de brasileiros, apenas 14,5 milhões procuraram pela dose.

Fique atento

O grupo prioritário é composto por crianças de 6 meses a 5 anos incompletos, pessoas de 60 anos ou mais, indígenas, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto) e trabalhadores da área da saúde. Doentes crônicos não transmissíveis também têm prioridade, mediante a apresentação de prescrição médica ou cópia de receita atualizada.

A vacinação é contraindicada para pessoas com alergia ao ovo de galinha ou outro componente da vacina, pessoas gripadas e com febre. De acordo com o MS, o organismo leva, em média, duas a três semanas para criar os anticorpos. Por isso é fundamental se vacinar no período da campanha para garantir a proteção antes do início do inverno.

No ano passado, 1.794 pessoas foram internadas em decorrência de complicações da gripe e 326 morreram no país. No estado, houve a confirmação de 28 casos de H1N1, dos quais 11 resultaram óbito. No Vale do Taquari, houve dois casos confirmados: um em Arvorezinha e outro em Estrela. Em ambos, as pessoas se recuperaram.

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