Doses chegam com 15 dias de atraso

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Doses chegam com 15 dias de atraso

Vacina é obrigatória até fim do mês. Quem deixar de aplicar está sujeito à multa

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A vacinação do rebanho contra a febre aftosa está atrasada na região. As doses chegaram à Inspetoria Veterinária de Lajeado apenas na sexta-feira, 15 dias após o lançamento oficial da campanha no estado.

Crédito: DivulgaçãoConforme o médico-veterinário, Marco Antônio Reckziegel, o atraso se deve a um problema no repasse do valor de R$ 8 milhões destinado à compra das doses. A partir desta semana os produtores com até 30 animais podem fazer a retirada de forma gratuita. Os demais devem comprar e apresentar a nota fiscal para evitar cancelamento do GTA e a multa de R$ 913. Nos nove municípios atendidos pela inspetoria, a meta é imunizar 63,5 mil animais. A dose é vendida ao preço médio de R$ 2 em agropecuárias cadastradas na região.

Outra exigência é que o proprietário mantenha em dia as informações sobre o total de animais existentes na propriedade, além do número exato de cabeças que foram vendidas, abatidas ou que eventualmente morreram, além da faixa etária de todas elas. As doses necessitam ser armazenada em caixa de isopor com gelo.

Os últimos focos da doença no estado apareceram em 2001, quase um ano após o caso de Joia. Desde então, as cerca de 14 milhões de cabeças são vacinadas anualmente, em maio, animais de todas as idades, e em novembro, só bovinos de até 24 meses.

Audiência discute suspensão

Em junho, será realizada uma audiência pública para discutir a viabilidade da suspensão da vacina contra a febre aftosa no estado. A proposta é do deputado estadual Sérgio Turra (PP).

Conforme o parlamentar, a intenção do Paraná em conquistar o status de zona livre de aftosa sem vacinação coloca o RS na obrigação de discutir o assunto. “Precisamos levantar as condições da sanidade animal e verificar se podemos ir adiante. A pecuária gaúcha alcançaria um patamar diferenciado sem a vacina, conquistando mercados de alta exigência sanitária, como os Estados Unidos e Japão”, afirma.

O único estado brasileiro a ter a condição de zona livre de aftosa sem vacinação é Santa Catarina. O Paraná já iniciou, junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária e Abastecimento, o processo para garantir o mesmo status. Em Mato Grosso do Sul, o governo do estado anunciou que pretende suspender a vacina até 2018.

Incentivo

Para incentivar o produtor a vacinar o rebanho contra a enfermidade, a Secretaria de Agricultura de Estrela comprou 13 mil doses e cobra apenas o custo do medicamento, R$ 2. Outras cinco mil serão doadas pelo estado. A meta é imunizar 18 mil animais. Equipes percorrem o interior para fazer a aplicação.

César Meinerz, de Linha Lenz, mantém em dia o calendário de vacinas do rebanho com mais de 80 animais. “A sanidade é um diferencial na produção leiteira e uma preocupação constante, pois queremos oferecer ao consumidor um produto de qualidade.” Por dia são vendidos 2,3 mil litros de leite. Em municípios como Santa Clara do Sul o roteiro de vacinação inicia amanhã. Mais informações pode ser obtidas na secretaria.

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