Três roubos acontecem em 15 minutos

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Três roubos acontecem em 15 minutos

Casos foram registrados quinta, próximo à Univates, no horário de início das aulas

oktober-2024

Lajeado – Os frequentes casos de roubo nas imediações da Univates preocupam estudantes e moradores. Desde abril, a Brigada Militar intensifica as rondas no trecho para inibir ocorrências. A Polícia Civil, a partir das descrições feitas pelas vítimas, busca pela prisão dos suspeitos. Mesmo assim, os números de maio se igualam ao mês passado.

02São quatro roubos. Um deles ocorreu no sábado passado, por volta das 17h, na av. Alberto Müller. Os casos mais recentes, registrados até o fim da tarde de ontem, se referem a quinta-feira. Entre as 19h05min e 19h20min, foram três roubos.

Segundo o comandante da 1ª Companhia do 22º BPM, capitão Luciano da Silveira Johann, o primeiro roubo foi na av. Avelino Tallini, nas imediações do prédio 1 do Centro Universitário. Uma estudante de 25 anos caminhava no local, quando foi abordada por uma rapaz desconhecido. Ele utilizava um capuz e exigiu que a pedestre entregasse o celular e um anel. Sem saber se o homem estava armado, a jovem integrou os pertences.

Outros dois pedestres também tiveram objetos levados, 5 minutos depois. A mulher de 41 anos e o rapaz de 22 anos tinham estacionado o veículo na rua Arno Johann, imediações do prédio 11.

Surpreendidas por dois desconhecidos armados, as vítimas foram obrigadas a entregar relógios, dinheiro e celulares. A dupla de assaltantes teria fugido em um carro vermelho. Às 19h20min, um casal teve a motocicleta Yamaha, placa PJ 7605, roubada em outra rua das proximidades.

As ocorrências foram registradas na Delegacia de Polícia de Pronto-Atendimento de Lajeado. A BM também foi chamada para atuar nas buscas pela motocicleta ou possíveis suspeitos. Segundo o delegado Sílvio Huppes, os casos passam por investigação. Relata que o registros são mais comuns à noite e em locais mais isolados de movimentação.

O delegado orienta os pedestres a evitarem o isolamento no trecho, buscando áreas com mais circulação de pessoas, para reduzir a ação de criminosos. Também se coloca à disposição para conversar com representantes da Univates, caso necessário.

“Estamos desenvolvendo ações específicas”

Conforme o capitão Johann, a BM aumentou o patrulhamento no trecho. Mesmo assim, os casos ocorrem em diferentes horários. Pede a colaboração das pessoas, para que informem a polícia os crimes para que haja flagrante ou busca imediata dos suspeitos.

“Conseguimos prender quatro pessoas em abril”, salienta. O grupo teria agido na av. Alberto Müller e, por meio de informações anônimas, a polícia abordou o veículo próximo a ERS-130. Dos quatro homens, dois são maiores de idade e permanecem detidos. Os outros dois, menores, foram liberados.

“Estamos desenvolvendo ações específicas para reduzir os casos no trecho”, salienta. Assim, como o delegado, o capitão orienta as pessoas a evitarem locais isolados ou com pouca iluminação.

De acordo com o ouvidor da Univates, Carlos Giasson, os orientadores de trânsito na instituição atuam apenas dentro da área do câmpus. “Isso não significa que não estamos preocupados com a situação”, salienta.

O grupo estuda formas de atuação. Até então, não foram repassadas orientações aos estudantes. Giasson salienta que é perceptível a maior circulação de policiais nas proximidades.

Alunos tentam se proteger

Acadêmica, 26, do curso de Gestão em Turismo, relata a insegurança dos estudantes nas imediações do Centro Universitário. Desde o início do semestre, deixou de estacionar a motocicleta fora da área do câmpus. “Não dá para correr o risco de ser assaltada na saída da aula”, diz. Apesar do receio, a lajeadense não presenciou nenhum caso.

Outra estudante de Relações públicas, 23, teve relato de colegas que presenciaram crimes nas proximidades. Na maioria, roubo de celulares, mochilas e carteiras. Moradora de Teutônia, costuma pegar ônibus para voltar para casa. Quando a aula encerra mais cedo, evita esperar na parada. “Vou para outro prédio, por medo mesmo, para não ficar lá sozinha.” Relata também o cuidado com a bolsa, sempre próxima ao corpo e segurada firme na saída.

Alguns acadêmicos cobram mais iluminação em alguns pontos perto da Univates. Estudante de Arquitetura e Urbanismo, 22, relata que nos prédios de frente para a Alberto Müller, os ônibus não têm onde parar. “Alunos precisam caminhar em um trecho com pouco iluminação e sem guardas.”

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