Funcionários de quatro hospitais anunciam greve

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Funcionários de quatro hospitais anunciam greve

Segundo o Sindisaúde, funcionários dos hospitais rejeitaram a proposta de aumento de 7,68% nos salários

A assembleia do Sindisaúde realizada ontem à noite decidiu pela greve em mais quatro instituições de saúde da região. Funcionários dos hospitais Bruno Born, em Lajeado; Ouro Branco, em Teutônia; São José, de Arroio do Meio; e do Hospital de Estrela acompanharão a decisão dos colegas de Encantado. Hoje será lançado edital para anúncio da decisão, que inicia 72 horas após as devidas notificações.

De acordo com o presidente do Sindisaúde, Roberto de Souza, os colaboradores não aceitaram a proposta de aumentar em 7,68% os salários, encaminhada pela patronal. Eles queriam aumento parcelado de 16% até o fim do ano, reivindicação negada pelos diretores dos hospitais e pelo Sindicato dos Hospitais Beneficentes, Religiosos e Filantrópicos do Vale do Taquari.

Cerca de 70 pessoas participaram da assembleia. “Não podemos precisar quantos colaboradores vão aderir à greve. É preciso ver isso quando chegar a hora, pois muitos podem optar por seguir trabalhando. É uma caixa de surpresa, mas nada que desestimule a classe”, comenta Souza.

Ontem, em entrevista ao jornal A Hora, o presidente do HBB, Claudinei Fracaro, já havia anunciado que não há condições de atender o reajuste de 16%. “Ano passado o aumento chegou a 25%. Nenhum hospital está conseguindo reajustar de acordo com os pedidos da classe. Isso não é uma decisão nossa, é geral. Infelizmente, não há condições neste momento.”

Segundo o presidente do Sindisaúde, os profissionais da enfermagem não são reconhecidos. Comenta que os técnicos recebem em torno de R$ 1,3 mil. “Queremos aumento de 16%, pois se continuar assim, logo receberão menos que o piso regional”, reafirma.

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Na segunda-feira, após assembleia realizada com a presença de mais de 70 profissionais em Encantado, os colaboradores do Hospital Santa Terezinha recusaram a proposta da patronal de aumentar em 7,68% os salários. A greve inicia no próximo sábado e é esperada a participação de 150 funcionários. Só 33% do efetivo deve seguir com atendimentos de urgência e emergência.

Eles também foram até a câmara de vereadores buscar apoio dos parlamentares e encaminharam documentos ao Conselho Municipal de Saúde e ao Ministério Público (MP) local. Marilene Daltoé, assistente administrativa da casa de saúde, antecipou que a instituição segue aberta às negociações com o sindicato. Souza enaltece e adianta que “já houve avanço”.

“Não posso adiantar maiores informações, que serão repassadas só na próxima assembleia. Mas posso dizer que eles decidiram tirar dinheiro do bolso. Ou seja, há recursos para os reajustes solicitados.”

Devem participar da greve os técnicos em enfermagem e os funcionários que atuam na higienização, recepção, vigilância, cozinha e auxiliares administrativos. Desde a semana passada eles já estavam em estado de greve.

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