Polícia Civil suspende atividades nesta terça

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Polícia Civil suspende atividades nesta terça

Paralisação ocorre em 20 delegacias da região

A Polícia Civil do Estado paralisa parte das atividades em protesto contra as incertezas sobre pagamentos de salários e horas extras. Os cortes nos recursos destinados ao setor da segurança pública do Estado preocupam a UGEIRM/Sindicato, entidade que representa escrivães, inspetores e investigadores de polícia do Rio Grande do Sul. Na região, 20 delegacias vão aderir.

Crédito: Anderson LopesMais de cinco mil servidores da PC em todo o estado foram orientados a suspender atividades entre 8h30min e 18h. Conforme a Ugeirm, as viaturas devem ficar paradas nos pátios das respectivas delegacias. Mandados de prisão e de busca e apreensão, operações policiais, serviço cartorário, intimações, oitivas, remessa de informações ao poder Judiciário e demais procedimentos de polícia judiciária estão vetados hoje.

Vice-presidente da Ugeirm e escrivã na delegacia regional do Vale do Taquari, Madga Regina Lopes, informa que serão realizados apenas atendimentos de ocorrências mais graves contra crianças ou adolescentes, mulheres, e prisões em flagrantes para crimes com morte. “São serviços básicos que não podem parar.”

Segundo ela, a incerteza sobre o pagamento integral dos salários é a principal razão do protesto. “É complicado trabalhar sem saber se vão pagar nosso salário no fim do mês. Os cortes do governo estão atingindo um dos setores mais importantes da nossa sociedade.” Até o momento não houve cortes salariais. “Mas as ameaças são constantes.”

Conforme a escrivã, havia uma média de 20 horas extras pagas mensalmente aos agentes de investigação. O número médio é de cinco horas extras por mês. “Estão cortando da segurança, enquanto aumentam salário de secretários estaduais e diárias de deputados”, reclama.

Há possibilidade de novas paralisações”

A categoria cobra também a convocação dos 650 concursados. “No estado, estariam faltando cerca de seis mil servidores. São cinco mil contratados, e deveriam ser, no mínimo, 11 mil.” Até o momento, o governo do Estado não divulga previsão para que sejam efetivadas essas contratações.

Magda demonstra preocupação com um possível congelamento dos reajustes previstos até 2018. Segundo ela, o governo acena com a possibilidade de aumentar salários só em 2020. “Se isso for confirmado a PC vai parar de vez. Eles estão cortando onde não deveriam cortar.”

Ela informa que a delegacia regional sofreu cortes nos recursos destinados ao combustível das viaturas e material de expediente. “Sabemos que há redução de gastos no setor de compras. Se tudo isso persistir, há possibilidade de novas paralisações.”

As razões do protesto

– Pela realização das promoções previstas para dia 21 de abril;

– Pelo cumprimento da tabela de subsídios, com reajustes previstos para maio e novembro deste ano;

– Contra o atraso nos salários, os cortes de horas extras e o contingenciamento na Segurança Pública;

– Contra a alteração nas regras da aposentadoria dos policiais;

Pela convocação imediata dos 650 concursados;

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