Duas pessoas morreram atropeladas na noite desse sábado. O primeiro caso aconteceu em Roca Sales. Às 20h30min, Dorvalino Caio, 75, foi atingido por uma motocicleta CG-125 na rua Marechal Floriano Alta.
O veículo era conduzido por Ércio Antônio Piccinini, 62, amigo da vítima. Segundo testemunhas, o motociclista iria visitar Caio. O homem morreu no local do acidente e Piccinini foi encaminhado ao Hospital Santa Teresinha, de Encantado.
Quase meia hora depois, Simone Beatriz Schmitz, 3, morreu atropelada em frente a um velório que ocorria na comunidade de Linha Arroio Abelha, em Sério. Ela estava com a família no velório de um menino com 1 ano de idade.
Segundo informações da Brigada Militar, a criança foi atingida por um veículo Monza, conduzido por Jair Matte, 36, que deixava o velório. Em um primeiro momento, o motorista pensou ter atropelado um cachorro, mas ao parar o veículo avistou a menina.
Com ferimentos graves, ela foi socorrida pelos familiares e levada ao Hospital de Caridade São José, onde chegou às 10h30min. Mas como a entidade não dispunha de equipamentos, solicitou apoio do Samu para que levasse Simone ao hospital de Canoas, o único com vaga disponível na UTI pediátrica e especializado em traumatologia.
Cerca de 40 minutos após o contato, o Samu retornou a ligação informando não poderia fazer o transporte. Segundo o secretário da Saúde de Sério, Adriano Bergmann, sob a alegação de que o médico “não teria condições para o atendimento”.
Diante da negativa, um médico e uma enfermeira do hospital de Sério se prontificaram a levar a criança com a ambulância local. No percurso, ainda em Forquetinha, perceberam o estado de saúde se agravar e seguiram até o Hospital Bruno Born (HBB), de Lajeado. A menina acabou morrendo durante a madrugada de domingo.
Município pressiona o Samu
Na manhã desta segunda-feira, o secretário Bergmann acionou a coordenação do Samu no Vale do Taquari em busca de uma justificativa plausível a negativa da equipe de socorro. “Não podem apenas aceitar o que nos disseram no sábado.”
Em função do feriado prolongado de Tiradentes, não conseguiu contato com nenhum responsável. Bergmann fará nova tentativa na manhã desta quarta-feira. “Há três meses tivemos um caso parecido. Queremos uma resposta.”
